OCB/ES participa do 12º Simpósio Estadual do Café marcado por tecnologia, inovação e desenvolvimento da cafeicultura capixaba

Durante os dias 24, 25 e 26 de setembro, a OCB/ES participou do 12º Simpósio Estadual do Café, que aconteceu no Centro do Comércio de Café de Vitória, promovido pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF).

Centrado em debater os principais temas de interesse para o setor café, o analista de Mercado da Gerência de Desenvolvimento Cooperativista do Sistema OCB/ES, Alexandre Ferreira, realizou uma palestra na manhã desta quinta-feira (26) para falar aos presentes sobre o papel do Sistema e das Cooperativas no desenvolvimento da Cafeicultura Capixaba.

Para o analista, a importância em se participar de eventos deste porte consiste na oportunidade de levar ao conhecimento da sociedade capixaba, principalmente dos produtores de café, a forma de atuação e a contribuição do Sistema OCB/ES no desenvolvimento da cafeicultura capixaba, que leva treinamentos, cursos, capacitações e benchmarking às cooperativas.

“O evento superou nossas expectativas tendo em vista a qualidade técnica apresentada pelos palestrantes e pelo evento de modo geral. O foco dado às questões de tecnologia, inovação, clima e desenvolvimento da ciência voltada à cafeicultura foram substanciais para o sucesso do evento”, destacou o Analista Alexandre Costa Ferreira.

Com a presença do Presidente do CETCAF e Presidente do Sicoob ES, Sr. Bento Venturim, o 12º Simpósio Estadual do Café, organizado pelo CETCAF, os principais temas abordados no evento foram os obstáculos e desafios para o Estado se manter forte no mercado internacional do café, questões climáticas, uso adequado da água para a irrigação, geração de energia alternativa e minimização dos custos na produção cafeeira. O Simpósio também contou com a participação do Diretor Executivo do Sicoob ES Sr. Nailson Dalla Bernadina, que levou aos participantes do evento uma apresentação institucional sobre o Sicoob ES.

O 12º Simpósio Estadual do Café contou com a presença de todos os setores do café do Espírito Santo, sendo eles de Produção, Consumo, Industrialização e Exportação.

 Fonte: ASCOM – Sistema OCB/ES

Cooperativismo Capixaba recebe Comitiva da Unimed Gurupi/TO

Com a proposta de trocar experiência e conhecer as instalações da Unimed Sul Capixaba e Unimed Vitória, a Comitiva de representantes da Unimed Gurupi, do estado do Tocantins, e da OCB/TO estão realizando entre hoje (26) e amanhã (27) um Intercâmbio aqui no Espírito Santo.

UNIMED-SUL-CAPIXABA, UNIMED-VITÓRIA, UNIMED-GURUPI, OCB.ES, OCB.TO

A visita começou pelo Sul do Espírito Santo, onde a Comitiva da Unimed Gurupi/TO conheceu as obras e a dinâmica para a construção do novo Hospital da Unimed Sul Capixaba, o setor de atenção primária e as instalações do atual hospital da Unimed Sul Capixaba.

Compõem a Comitiva da Unimed Gurupi/TO o Presidente Dr. Luiz Paulo da Silveira, o vice-presidente Dr. Fabrício Dominici Ferreira, o Superintendente Dr. Fábio Pereira de Carvalho e o Analista de Cooperativismo e Monitoramento do Sescoop/TO Magnun Vinicius Borges da Cruz. Completam a equipe a enfermeira Najlla Aphoenna da Silva Ribeiro, a Gerente Geral Marisa Rocha da Silva Matias e a Coordenadora de Enfermagem Marcela Cristina Perini do Amaral.

As atividades do Intercâmbio iniciaram logo às 9h da manhã, com a recepção da Comitiva da Unimed Gurupi/TO por membros da Diretoria da Unimed Sul Capixaba, sendo realizada a apresentação institucional pelo Dr. Leandro, Diretor Presidente, contando ainda com a presença e participação do Dr. Pedro Scarpi Melhorim, Conselheiro de Administração da Unimed Sul e Presidente do Sistema OCB/ES. O Assessor de Relações Institucionais do Sistema OCB/ES, David Duarte, também acompanhou a Comitiva.

A agenda da Unimed Gurupi/TO continua nesta sexta-feira (27), na capital Vitória, onde serão realizadas visitas à unidade da Unimed Vitória e à sede do Cooperativismo Capixaba, a OCB/ES.

 Fonte: ASCOM – Sistema OCB/ES

Unimed Sul Capixaba realiza maratonas esportivas e brincadeiras para alertar sobre a obesidade infantil

Com o objetivo de alertar sobre os riscos da obesidade infantil e incentivar boas práticas por meio de escolhas divertidas, a Unimed Sul Capixaba realiza, no dia 5 de outubro, o evento “Criança em Ação”, voltado para a faixa etária de 4 a 12 anos.

As inscrições são gratuitas para clientes e comunidade e podem ser feitas até 2 de outubro pelo link https://bit.ly/CriancaEmAcao. Para participar, é indispensável a presença de um responsável.

EVENTO-CRIANÇAS-EM-AÇÃO, SEMPRE-É-TEMPO-DE-PREVINIR, UNIMED-SUL

LEGENDA: EVENTO-CRIANÇAS-EM-AÇÃO, SEMPRE-É-TEMPO-DE-PREVINIR, UNIMED-SUL

 

A ação, que faz parte da campanha “Sempre é Tempo de Prevenir” da cooperativa, acontecerá no Centro de Lauro Pinheiro Pingo de Gente (Celp), no bairro Independência, em Cachoeiro de Itapemirim, das 8h às 12h. Na programação, palestras educativas para os pais sobre a obesidade infantil, maratonas esportivas, oficinas e brincadeiras, dentre outras atividades.

“Nós iremos tratar a obesidade infantil de uma forma diferente, mais recreativa e lúdica, propondo atividades que as crianças possam desenvolver e que, ao mesmo tempo, incentivem à prática de exercícios físicos e de uma alimentação mais saudável”, ressalta a nutricionista da Unimed Sul Capixaba, Adriana Sarzedas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que cerca de 41 milhões de crianças com menos de 5 anos estejam acima do peso no mundo. No Brasil, são 2 milhões por ano. Crianças com obesidade aos 2 anos têm 75% de chance de ser obeso na vida adulta, podendo desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, distúrbios psicológicos, complicações gastrointestinais e doenças cardiovasculares, dentre outras.

Campanha “Sempre é Tempo de Prevenir”

Para falar sobre prevenção e cuidados com a saúde, a Unimed Sul Capixaba está realizando a campanha “Sempre é Tempo de Prevenir”, pelo segundo ano consecutivo. A iniciativa unifica as campanhas Setembro Verde (de prevenção do câncer colorretal), Setembro Amarelo (de prevenção ao suicídio), Outubro Rosa (de prevenção ao câncer de mama) e Novembro Azul (de prevenção ao câncer de próstata), com ações e discussões de forma integrada. De setembro a novembro são realizados exames de rastreio, palestras, exposição fotográfica e abordagens em empresas e escolas para incentivar hábitos saudáveis.

 

FONTE: Comunicação Unimed Sul Capixaba

Evento reúne líderes e parceiros do Cooperativismo ao redor do Estado.

Buscando o aprimoramento das ações em prol do Cooperativismo, dialogando com as Cooperativas parceiras e promovendo a integração entre ambas, o Aproximacoop está unindo representantes e parceiros do Cooperativismo através de seus eventos, que acontecem de Norte a Sul do Estado.

O primeiro deles foi realizado em Cachoeiro de Itapemirim, no dia 11 de setembro, reunindo mais de 70 pessoas de diversos ramos da região Sul. O segundo, em São Gabriel da Palha, aconteceu no último 19, e contou com a participação de representantes e colaboradores de Cooperativas da região.

Promovido pelo Sistema OCB/ES, o evento foi desenvolvido de forma que toda a estrutura de atuação do Sistema pudesse ser apresentada às cooperativas presentes, inclusive seus resultados financeiros e participação de cada ramo. Para isso, foi utilizada uma metodologia onde os participantes pudessem interagir, colaborando com ideias e opiniões.

A dinâmica foi bem aceita por todos os presentes, que eram, em sua maioria, líderes de Cooperativas da região. “O Aproximacoop nos surpreendeu muito, pois não esperávamos um evento tão organizado e que nos atendesse de forma tão necessária. Essa iniciativa conseguiu promover a interação entre todos, ao mesmo tempo em que ouviu nossas demandas e reivindicações”, comentou o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello.

O presidente da Cooperativa Educacional de Pinheiros (Coopepi), Sávio Torezan, também ressaltou a importância da dinâmica do evento, que proporcionou a troca de experiência entre as Cooperativas. “O evento conseguiu de fato nos aproximar, além de permitir que nós, representantes de uma Cooperativa Educacional, por exemplo, pudéssemos mostrar o nosso trabalho e integrá-lo com os outros ramos”.

A diretora de Integração Cooperativista, Dra. Sandra Helena Pereira, destaca que a aproximação e integração das Cooperativas do interior do Estado é de suma importância para o desenvolvimento do Cooperativismo como um todo. De acordo com ela, as cooperativas precisam realizar mais negócios entre si, de forma que mantenham o contato e permaneçam unidas. “A educação cooperativista estava presente no evento, que conseguiu realizar essa aproximação, que deve, ao meu ver, se manter”.

O presidente do Sistema OCB/ES, Dr. Pedro Scarpi Melhorim, também acredita que a dinâmica resulte em bons frutos para o trabalho do Sistema com as Cooperativas. “Quando ouvimos as propostas e possibilitamos o contato olho o olho, estamos facilitando o desenvolvimento do trabalho, de maneira que fique tudo mais acessível, eficaz e suficiente”, contou.

Para que todos pudessem contribuir com ideias, sugestões e críticas, o evento disponibilizou um mural para que os participantes pudessem deixar suas propostas. O mural estava dividido da seguinte forma: Que bom (ações, atividades e práticas já promovidas pelo Sistema); Que pena (ações, atividades e práticas que ainda não existem ou já existiram e não são mais colocadas em prática); Que tal (ações, atividades e práticas que são interessantes para um futuro a curto, médio e longo prazo). Após a contribuição, as propostas foram debatidas pelos participantes, que estavam organizados em grupos.

Ao final do exercício os participantes colocaram em cada ponto, o que foi debatido pelo grupo. Veja a consolidação dos dados obtidos em Cachoeiro de Itapemirim:

  • Incentivar o jovem a entrar no sistema cooperativista, desenvolvendo a educação e os princípios em crianças e jovens; (21 VOTOS);
  • Intensificar a formação técnica (reciclagem técnica) para gerentes e gestores de Cooperativas de forma contínua, incluindo o investimento em programas de sucessão para Dirigentes de Cooperativas; (38 VOTOS);
  • Financiar cursos EAD para as Cooperativas; (20 VOTOS);
  • Agilizar na liberação dos treinamentos; (04 VOTOS);
  • Ampliar as assessorias nas unidades cooperativas; (05 VOTOS);
  • Capacitação voltada para transporte de passageiros; (02 VOTOS);
  • Viabilizar emendas estaduais voltadas ao agronegócio; (15 VOTOS);
  • Realizar eventos como o “CAPACITACOOP” com uma maior periodicidade; (02 VOTOS);
  • Suporte na Intercooperação das Cooperativas, fomentando sua importância e necessidade; (08 VOTOS);
  • Aperfeiçoar o apoio na gestão das Cooperativas de menor porte, contribuindo com sua estruturação e desenvolvimento; (18 VOTOS);
  • Aumentar o número de capacitações para colaboradores com atualizações e aperfeiçoamentos específicos; (20 VOTOS);

O presidente da Unimed Sul Capixaba, Dr. Leandro Baptista Pinto, lembrou que o AproximaCoop segue a proposta do 5º Princípio Cooperativista, da educação, formação e informação. “Hoje nós fizemos uma espécie de Planejamento Estratégico, visando as ações que serão estimuladas no futuro. Nós já estamos pensando a frente, na sustentabilidade das Cooperativas”, comentou.

De acordo com o superintendente do Sistema OCB/ES, Carlos André de Oliveira, as propostas apresentadas são de muita relevância ao Sistema, que procura atender as reivindicações, de forma que o trabalho com as Cooperativas se torne mais eficiente e satisfatório. “Queremos que o evento seja, acima de tudo, uma oportunidade para que as Cooperativas possam nos informar sobre seus anseios, sugestões e expectativas. Com essas informações, podemos elaborar um Planejamento Estratégico de excelência, resultando assim, em uma atuação mais presente e satisfatória”, contou o superintendente.

Veja a consolidação dos dados obtidos em São Gabriel da Palha:

  • Melhorar o suporte/serviços oferecidos pelo Sistema OCB/SESCOOP-ES às Cooperativas Educacionais (13 VOTOS);
  • Fomentar mais o sentimento Cooperativista (5 VOTOS);
  • Intensificar a Integração Cooperativista (11 VOTOS);
  • Ter pontos de apoio Regionais (4 VOTOS);
  • Incentivar e trabalhar ainda mais a Intercooperação (27 VOTOS);
  • Criar órgãos reguladores para as demais Ramos Cooperativistas, como por exemplo, ANS e Banco Central (7 VOTOS);
  • Divulgar os serviços do Sistema OCB/SESCOOP-ES regionalmente (2 VOTOS);
  • Retomar os trabalhos do JovemCoop (7 VOTOS);
  • Incentivar programas de gestão para todos os Ramos (10 VOTOS);
  • Promover Fóruns para discussão entre os gestores, afim de mapear convergências e criar planos de ação (5 VOTOS);
  • Estimular o Legislativo e o Executivo para que a politica fiscal e tributária seja feita de maneira diferenciada para as Cooperativas (14 VOTOS);
  • Trabalhar com foco na Renovação, não só cursos de formação para cooperados (8 VOTOS);
  • Ter momentos para preparar os Conselhos para o mundo das inovações (10 VOTOS);
  • Tratar com equidade todas as Cooperativas (9 VOTOS);
  • Realizar mudanças na Lei Cooperativista (1 VOTO).

A união de parceiros do Cooperativismo nos eventos gerou inúmeras propostas, assim como expectativas sobre o futuro das Cooperativas e do trabalho do Sistema. Para o vice-presidente da Cooabriel, Joaquim de Souza Neto, o Toninho, essa junção de pessoas colabora para a geração de inúmeras oportunidades de desenvolvimento e traz boas expectativas. “Encontros como esse deveriam acontecer com mais frequência, pois aqui encontramos pessoas comprometidas com o Cooperativismo e que desejam colher bons frutos no trabalho”, afirmou.

Concordando com Toninho, o gerente administrativo da Uniodonto Sul Capixaba, Washington Dorigheto, frisou a grande adesão das Cooperativas. “Isso demonstrou o interesse delas em querer evoluir, melhorar seus processos, sua gestão. Agora é aguardar os próximos eventos”, disse.

Parabenizando o Sistema OCB/ES pela iniciativa, o presidente da Coopcam, Advaldo Antônio Zottele, destaca o diferencial do evento, que traz para as regiões do interior toda as ações do Cooperativismo, realizando assim, a atualização de informações, técnicas de trabalho e aprendizado. “É de suma importância a realização de eventos como esse, principalmente porque reúne pessoas que estão á frente dos trabalhos nas cooperativas, desta forma, elas conseguem apresentar números atualizados e métodos de trabalho mais avançados”, contou.

Com data ainda a definir, o próximo Aproximacoop será realizado em Linhares, e promete a mesma dinâmica, porém sempre melhorada. “Em cada evento verificamos pontos que devem ser melhorados, desta forma, cada edição será aprimorada. A intenção é promover a eficácia e satisfação, tanto para nós, quanto para as Cooperativas”, afirmou o presidente do Sistema OCB/ES, Dr. Pedro Scarpi.

 

Fonte: Eliza Frizera. ASCOM – Sistema OCB/ES.

Cooperativa Mirim de Linhares ganha Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora

Preservar e disseminar os valores do cooperativismo, associados ao desenvolvimento do espírito empreendedor, cooperativo, solidário e comunitário como ferramentas de aprendizagem. Essa foi a proposta do projeto Cooperativas Mirins, da Cooperativa Educacional de Linhares (CEL), que venceu na noite desta quinta-feira (19) o Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora. Disputando com diversas escolas da região metropolitana e do interior do estado, a CEL trouxe para o cooperativismo capixaba o Prêmio Sebrae a nível estadual, o que mostra o potencial das cooperativas educacionais em estimular o empreendedorismo e disseminar os princípios do cooperativismo. Agora, a CEL vai representar o Espírito Santo na disputa nacional. A premiação vai acontecer em Florianópolis.

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Resultado de uma parceria entre a CEL, Sicoob e OCB/ES, o projeto de Cooperativa Mirim busca colocar o aluno como protagonista de sua trajetória, tornando-os preparados, principalmente, para atuar agentes de mudança, conscientes e empreendedores. Para a Diretora Pedagógica Queila Gomes Zorzanelli, a proposta é desenvolver nas crianças e adolescentes da CEL o potencial de empreendedorismo, cooperação e solidariedade.

“É um projeto que agrada muito aos pais, aos alunos e é muito bem visto pela comunidade. Com esse projeto conseguimos destacar como o cooperativismo faz a diferença na sociedade. E trabalhar esse projeto com os alunos é trabalhar, principalmente, nas questões da sociedade como está posta. Precisamos fomentar uma sociedade menos competitiva e mais cooperativa”, destacou a diretora.

Para a Superintendente Institucional do Sicoob ES, Sandra Helena Rosa Kwak, o modelo das cooperativas mirins implantadas nas escolas de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, serviu como motor para a constituição das cooperativas mirins capixabas, que estão em outras duas unidades educacionais. “A expectativa era formar a cultura da cooperação de forma organizada nos estudantes, desde a sua infância. Ou seja, levar ao conhecimento das crianças e adolescentes que a união de esforços de forma estruturada através de uma empresa de princípios elevados, era capaz de gerar ganhos financeiros e não financeiros para todos os envolvidos”, afirmou a Superintendente do Sicoob.

Ainda que o reconhecimento pelo trabalho tenha vindo com a premiação, a Superintendente Sandra Helena pondera que há ainda etapas a serem superadas visando alcançar excelência. “Demos os primeiros passos, mas temos ciência que é necessário dar sustentação aos programas nas três cooperativas já implantadas, especialmente quanto ao senso de dono dos associados mirins e ao interesse deles pela eficiência da entidade cooperativa”, disse.

Formada por crianças e adolescentes do Fundamental II (do 6º ao 9º ano), entre 11 e 15, a Cooperativa Mirim tem como orientador o professor de Biologia Vinicius Ferreira Santi. O objeto de aprendizagem dos alunos é a produção de doces. Segundo Santi, ganhar o prêmio é o resultado de um trabalho que iniciou em outubro de 2018 e vem colhendo frutos e plantando a semente da cooperação entre os alunos da CEL, que levam para a comunidade aquilo que aprenderam dentro do cooperativismo.

“É sempre um desafio prender a atenção dos meninos e meninas. A gente compete com o celular, com computador. No projeto das Cooperativas Mirins, nós ensinamos os valores do cooperativismo e eu, como professor, sou apenas um mediador. Quem pensa, propõe e decide são eles”, destacou o professor.

A Cooperativa Educacional de Linhares, que vai completar 25 anos em 2020, é referência no município quando o assunto é educação. Atendendo desde a educação infantil ao ensino médio, o professor Vinícius afirmou que a CEL ofereceu toda uma estrutura para a consolidação do projeto das Cooperativas Mirins, uma sugestão feita pela OCB/ES.

“O Sicoob ES, em parceria com a OCB/ES, apresentou o projeto e realizamos uma imersão no Rio Grande do Sul. Depois vieram as capacitações e a implementação do projeto. O trabalho desenvolvido pelos meninos vai muito além de gerar valor, mas também criar um laço com a comunidade, com ações de arrecadação de alimentos para doação e trazendo a comunidade para mais perto do cooperativismo”, disse Vinicius.

Vencer o Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora com o projeto das Cooperativas Mirins foi o certificado de que a CEL está no caminho certo. Para a diretora pedagógica Queila, foi uma surpresa aliada a sensação de vitória. “Nós disputamos com outros ótimos projetos e este prêmio representa um reconhecimento muito importante pelo trabalho desenvolvido dentro das cooperativas educacionais”, frisou. Esta é também a avaliação feita pelo professor Vinícius, que ajudou na construção da proposta junto aos alunos e escola. Para ele, o grupo ainda está engatinhando, buscando resultados com pequenas vendas e baixos valores para um público interno, mas entende que é um processo e acredita que, futuramente, os alunos poderão colher os resultados do aprendizado de hoje.

“Estou desde o início do projeto e consigo perceber o quanto eles amadureceram. Eles passaram a entender o que é o cooperativismo de verdade. Antes, a compreensão era muito distante. Agora, eles percebem o quanto isso faz parte da vida deles. Isso dá um conforto porque percebemos que o projeto não está acontecendo apenas por acontecer, mas que tem um objetivo e um propósito”, apontou o professor.

Sobre levar a ideia das Cooperativas Mirins para além das Cooperativas Educacionais, a Superintendente Institucional do Sicoob Sandra Helena destaca que há um planejamento junto a OCB/ES para ampliar o projeto para redes públicas e privadas, levando para a comunidade a importância dos princípios cooperativistas e da cooperação.

“Iniciamos com a OCB/ES o planejamento das ações a serem implementadas visando para fortalecer as cooperativas mirins existentes e para levar o projeto à outras escolas públicas e privadas. Reforçaremos o programa atual aderindo à metodologia do programa cooperativa mirim desenvolvido pelo Instituto Sicoob e o SESCOOP Nacional. Desta forma, acreditamos que o programa ficará ainda mais atrativo e adequado para ampliarmos a cultura cooperativista junto às crianças e jovens”, concluiu a Superintendente do Sicoob ES.

Além de ganhar o Prêmio Sebrae, a Cooperativa também foi vencedora no Concurso Cultural do Sicoob na categoria desenho e redação. O Concurso deste ano contou com a participação escolas públicas e privadas do ensino fundamental, sendo dividido em três etapas (local, regional e nacional).

 Sobre o Prêmio

O Prêmio SEBRAE de Educação Empreendedora é uma iniciativa que visa identificar, estimular, reconhecer e divulgar as melhores práticas da educação empreendedora a nível estadual, regional e nacional.

São premiadas instituições de ensino fundamental e médio, públicas ou privadas, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Projetos, produtos e soluções desenvolvidas no âmbito escolar e que devem contribuir para que os alunos adquiram ou aprimorem atitudes, comportamentos e características que os levem a lidar melhor com as adversidades no contexto dos negócios ou da vida.

FONTE: Milena Mangabeira. ARINS/ASCOM – Sistema OCB/ES.

Sicoob ES premia estudantes em concurso de redação e de desenho

Na última quinta-feira (19), foi realizada a entrega da premiação para os participantes selecionados na etapa regional do Concurso Cultural de redação e de desenho, realizado pelo Instituto Sicoob em todo o País, aderido pelo Sicoob ES aqui no Estado.

CONCURSO-CULTURAL-DE-REDEÇÃO-E-DESENHO, SICOOB-ES

 

Os estudantes, Maria Cecilia Dalbem Soares (Linhares), Ana Beatriz Figueiredo Silva (Muniz Freire), Igor Alves Rocha (Cachoeiro de tapemirim), Nicolly Koobyy França Rodrigues (Santa Maria de Jetibá), Alice Colli Mardegan (Cachoeiro de Itapemirim) e Caio da Silva Dias Cavalcanti (Nova Venécia) serão premiados com uma bicicleta, em um encontro na sede administrativa do Sicoob ES, em Vitória. Além disso, os professores orientadores de cada aluno receberão R$ 500,00.

Cooperação e preservação

O tema do projeto é “Todo mundo ganha com a cooperação”. Segundo a superintendente institucional do Sicoob ES, Sandra Kwak, o objetivo é fortalecer a cultura cooperativista, promover a preservação do meio ambiente e provocar uma reflexão de como ser mais sustentável para a construção de um futuro melhor.

Os alunos do 3º ano das escolas participantes fizeram desenhos ilustrativos. Já os alunos do 5º ano apresentaram redações com narrativas sobre o tema. Ao todo, foram 22 escolas e 1.899 alunos participantes.

Para a escolha dos desenhos vencedores, foram considerados os seguintes critérios: originalidade e criatividade, título, abordagem correta do tema e estética. Já para as redações, foram avaliados texto narrativo, sequência lógica, domínio das normas gramaticais, abordagem correta e estética do texto.

Etapas

O Concurso Cultural está sendo realizado em etapas. Na primeira, cada escola fez a pré-seleção dos três melhores trabalhos de cada categoria e encaminhou para a Cooperativa Local.

A segunda etapa consiste na seleção dos seis melhores trabalhos de cada Cooperativa, em nível local. Os estudantes escolhidos nesta etapa foram premiados com mochilas e material escolar.

Já na terceira etapa os trabalhos escolhidos, na etapa regional, por um comitê do Sicoob Central ES, serão premiados nesta quinta-feira (19).  Estes trabalhos serão encaminhados para Brasília para concorrerem na etapa nacional.

A última etapa consiste na escolha dos três melhores desenhos e das três melhores redações vencedores, em nível nacional do concurso, e que serão divulgados no dia 11 de novembro próximo. A comissão avaliadora será estabelecida pelo Instituto Sicoob. Nessa etapa, os alunos escolhidos serão premiados com computadores e as escolas com projetores e caixas de som.

Sobre o Sicoob 

O Sicoob é o maior sistema cooperativo de crédito do País. Aberto a empresas e a pessoas físicas, trabalha com produtos e serviços tipicamente bancários, com custos menores do que os do mercado. Os associados, que são donos do negócio, participam dos resultados e dispõem de tecnologia que facilita a movimentação. Além disso, têm a mesma segurança que os clientes de bancos comerciais, pois a instituição garante cobertura de R$ 250 mil por cliente.

Com operação no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, o Sicoob ES tem mais de 320 mil associados. São sete as cooperativas filiadas: Norte, Leste Capixaba, Centro-Serrano, Sul-Serrano, Sul, Sul-Litorâneo e Sicoob Credirochas. O sistema atua em todo o Brasil, com 3 mil unidades, e atende 4,4 milhões de associados.

 

FONTE: Vera Caser Comunicação.

Gestão e qualidade assistencial são diferenciais de Unimeds

Foi com muita satisfação que o presidente da Unimed do Brasil, Orestes Pullin, recebeu a notícia de que sete coops singulares do sistema figuram no top 10 das melhores notas do Programa de Qualificação das Operadoras 2018 (ano-base 2017), divulgadas nesta semana pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Os dados divulgados apontam que o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) que mede a satisfação do consumidor é resultado, também, da realização de um bom dever de casa que consiste na adequação de processos, na melhoria da gestão e da governança. “A acreditação é um reconhecimento da excelência das cooperativas na prestação de serviços e mostra ao mercado a seriedade com a qual são conduzidas a sustentabilidade administrativa das Unimeds e o atendimento a seus clientes”, comenta o presidente.

Para ele, a participação das cooperativas médicas no programa Qualifica Unimed, desenvolvido em parceria pela Fundação Unimed, Unimed do Brasil e Sescoop, possibilita às operadoras participantes a obtenção da melhoria de gestão, padronização e foco na qualidade, pontos fundamentais para o setor e que tornam as operadoras aptas a serem acreditadas.

Confira a entrevista com o presidente da Unimed de Brasil:

Orestes Pullin, Presidente da Unimed do Brasil

LEGENDA: Orestes Pullin, Presidente da Unimed do Brasil

Institucionalmente, qual a relevância da participação de sete cooperativas do Sistema Unimed no ranking dos maiores IDSS do país?

Esse resultado reflete o nosso compromisso com a constante melhoria da qualidade assistencial e com a sustentabilidade do Sistema Unimed. Temos uma atuação central na Unimed do Brasil, disponibilizando iniciativas como o Selo Unimed de Governança e Sustentabilidade, apoiando projetos como o Programa Qualifica Unimed e orientando as Unimeds para que possam oferecer a seus beneficiários e cooperados atendimentos humanos, sérios e justos. Esse trabalho é amplificado pelas atitudes das próprias cooperativas, que, sem dúvidas, são as principais responsáveis pelo sucesso alcançado.

São dados que nos deixam felizes, pois mostram que estamos no caminho certo, e que também nos alertam de que a busca pela melhoria deve ser intermitente e de que ainda há muito a ser feito.

Todas as sete cooperativas presentes no topo do ranking são acreditadas. Você acha que esse fato reforça a necessidade de mais cooperativas se acreditarem? Nesse sentido, qual seria a importância do Programa Qualifica Unimed?

Com certeza. A acreditação é um reconhecimento da excelência das cooperativas na prestação de serviços e mostra ao mercado a seriedade com a qual são conduzidas a sustentabilidade administrativa das Unimeds e o atendimento a seus clientes.

O Programa Qualifica Unimed é uma importante iniciativa conduzida pela Unimed do Brasil, Faculdade Unimed e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) com o objetivo de padronizar os procedimentos operacionais, visando a sustentabilidade da marca Unimed, a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos beneficiários e a redução dos custos assistenciais das cooperativas.

Considerando todas as operadoras de saúde do país, quais os diferenciais das cooperativas Unimeds?

Os diferenciais podem ser elencados a partir do modelo de negócio. O cooperativismo confere características fundamentais, que nos permitem atender a mais de 17 milhões de beneficiários e ter a maior parcela do mercado de saúde suplementar brasileiro, com 37% do setor. As cooperativas são resilientes e adaptáveis diante de dificuldades financeiras e representam uma inversão do perfil mercadológico (relação trabalho x renda). As Unimeds são compostas a partir da união dos médicos em cada região, o que possibilita maior capilaridade à marca.

O fato de os próprios médicos serem os donos do negócio também reflete em um olhar e uma abordagem mais humanizados no relacionamento com as pessoas que tenham qualquer contato com as cooperativas. Isso resulta em um ciclo virtuoso, afinal há o esforço intensificado na melhoria constante da qualidade do atendimento; consequentemente, com a boa percepção dos usuários, as Unimeds geram melhores oportunidades de trabalho aos cooperados.

Pode citar alguns dos desafios e das oportunidades das cooperativas de saúde brasileiras?

Estamos em um momento de recuperação dos princípios e ideais que diferenciam as cooperativas dos outros players de mercado. A Unimed é apoiadora do movimento SomosCoop, criado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) para disseminar à sociedade que nosso modelo de negócios tem o potencial de contribuir, e muito, ao desenvolvimento econômico e social do país.

Por estarem, em alguns casos, sediadas em regiões nas quais o atendimento público é precário, as cooperativas assumem um importante papel no desenvolvimento comunitário. Além disso, possuímos no Sistema Unimed excelentes exemplos de sucesso em áreas como modelo assistencial, tecnologia, intercâmbio, rede hospitalar, entre outras, e nos postamos totalmente à disposição dos órgãos públicos, como o Ministério da Saúde para promover intercâmbios de informações e experiências em prol da sustentabilidade da saúde no país.

 

FONTE: Aurélio Prado

Cinco mulheres de destaque no cooperativismo para mostrar histórias de sucesso

Selecionamos cinco mulheres de destaque no cooperativismo para mostrar histórias de sucesso de gente que tem feito a diferença em suas regiões, negócios e produções

As mulheres de negócios do século 21 estão interessadas em fazer a diferença na vida das pessoas. Com preparo e forte atuação nas mais diversas áreas econômicas, as mulheres são protagonistas de histórias que inspiram e merecem ser contadas. No cooperativismo, são muitos exemplos de líderes empoderadas que, há muitos anos, trabalham para disseminar as ideias de sustentabilidade e cooperação para atingir objetivos maiores.

Este é o caso dessas cinco mulheres que apresentamos nesta reportagem. Em comum, elas têm histórias de grandes trabalhos em projetos de cooperativismo, seja no segmento de crédito, no campo produzindo café, nos pequenos negócios ou até mesmo na escola, aprendendo e se preparando para um futuro próspero.

O cooperativismo está no DNA delas, que se encantaram com o trabalho que beneficia muita gente e lideram, em suas regiões, negócios e projetos que fazem a diferença. Tanto fomentando os negócios de pequenas e microempresas, como na produção do café, na sala de aula ou ajudando os clientes a terem mais saúde. Conheça cinco grandes mulheres de cooperativas do Brasil e seus trabalhos inspiradores que representam e servem como exemplo a milhares de outras mulheres que estão engajadas no cooperativismo no Brasil:

  1. PAIXÃO PELO COOPERATIVISMO
Solange Pinzon De Carvalho Martins, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Meridional, cooperativa de Toledo

A história de Solange começou entre os comerciantes da cidade paranaense de Toledo. Desde jovem, recém-formada, atuou entre os empresários e iniciou na associação comercial local, entidade da qual foi presidente anos depois.

Hoje, ela preside o Conselho de Administração do Sicoob Meridional e não troca o cooperativismo por nada. “Depois que eu descobri o cooperativismo, algo despertou em mim. Conhecer seus benefícios, sua filosofia e sua proposta é encantador, que faz com que eu me realize, pois sabemos que estamos contribuindo positivamente para mudar a sociedade. É prazeroso demais ver um trabalho que muda a vida das pessoas para melhor”, diz a executiva.

Segundo a presidente, a cooperativa de Toledo iniciou com foco somente nos pequenos empresários, que ainda são o seu principal público, mas a expansão foi rápida. “Ficamos seis anos localizados em Toledo e depois expandimos para as cidades vizinhas que estão em nossa área. Depois, pedindo autorização ao Banco Central, tivemos autorização para sete agências no Rio Grande do Sul e, agora, mais duas em São Paulo”, explica Solange.

Apaixonada pelos princípios do cooperativismo, ela elenca com entusiasmo os motivos que estão atraindo o público e gerando o crescimento das cooperativas de crédito no Brasil: “O cooperado tem uma percepção de valor. Estamos praticando justiça financeira ao oferecer uma conta que não tem tarifa mensal, não tem anuidade no cartão e que cobra as menores taxas do mercado. Além disso, temos o trabalho social, com crianças, por meio das cooperativas mirins, e com o público geral. Somos um agente de educação financeira que ajuda a ensinar uma boa relação das pessoas com o dinheiro”, diz.

Para ela, as cooperativas de crédito ainda têm muito trabalho pela frente. O principal desafio é atrair os públicos jovens e estabelecer uma comunicação eficiente com essas camadas da população. “É um universo tão inspirador e que faz tanta diferença na vida das pessoas, que queremos levar esses benefícios para todos. Essa é uma das nossas novas missões e estamos felizes por realizar este trabalho”, conclui Solange.

  1. UMA VIDA A SERVIÇO DO CRÉDITO PARA A SAÚDE
Maria Zélia Höhn, Diretora de Negócios da Unicred – Porto Alegre (RS)

A vida profissional dela se confunde com a própria história da Unicred em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, instituição que já conta com 16 agências e 16 mil associados, com foco exclusivo na área da saúde.

Maria Zélia Höhn foi uma das primeiras colaboradoras a ingressar na cooperativa, quando ela abriu as portas em 1994. De acordo com ela, a cooperativa especializada em crédito para a saúde, em seus primeiros dias, dependia da estrutura da Unimed, de onde foi derivada, e tudo era muito difícil. “Tínhamos uma inflação de 40% ao ano em 1994 e este foi o marco do início do Plano Real. Meu objetivo naquela época era fazer a captação de novos sócios que investissem para que a cooperativa utilizasse esses recursos para conceder crédito aos associados. Hoje, cuidados de 16 mil pessoas e nossa atuação não para de aumentar”, conta, com entusiasmo.

Formada em Gestão Empresarial, Zélia é pós-graduada em Cooperativismo e também em Marketing e Comunicação. “Um profissional da minha área precisa conhecer sobre o comportamento dos consumidores e foi por isso que minha formação foi por esse caminho”, explica a executiva. Hoje, ocupando o cargo de diretora de Negócios, ela acredita que o Brasil está pronto para o cooperativismo.  “Tenho certeza disso. Quando comecei a trabalhar em uma cooperativa agrícola, com 15 anos de idade, no interior, aquilo era muito inicial, muito embrionário. Hoje é um movimento respeitado, com presença nas grandes mídias e, principalmente, com muita atuação nos grandes centros urbanos. Hoje, quem é coop, é reconhecido e valorizado em todo o Brasil”, informa a diretora.

Segundo Zélia, atualmente, na Unicred, 64% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. “Isso acontece por um movimento natural, pela própria demanda dos trabalhos. Não estou defendendo gênero nem fazendo discurso feminista, até porque o princípio do cooperativismo é a igualdade. Mas as mulheres costumam ter muito êxito nas cooperativas, por causa de suas características, pela vontade de aprender e de buscar formação, e pelo instinto de ajudar as pessoas.

E ela acredita que o cooperativismo vai avançar ainda mais: “Eu acho que as pessoas vão continuar tendo a necessidade de educação financeira e de atendimento especializado e as cooperativas oferecem isso naturalmente. A tecnologia é uma ferramenta importantíssima para o sistema financeiro, mas sempre haverá a necessidade de uma aproximação maior com as pessoas para seu crescimento pessoal e profissional. Acho que o cooperativismo navega muito bem nesta nova onda e as perspectivas são muito boas. Sou muito feliz fazendo o que faço e quero dividir isso com as outras pessoas”, conclui a diretora da Unicred.

  1. A FORÇA ACADÊMICA EM PROL DA SUSTENTABILIDADE
Maria Zélia Höhn, Diretora de Negócios da Unicred – Porto Alegre (RS)

Uma estudiosa do cooperativismo, Camila Luconi Viana tem, entre suas diretrizes de trabalho e de vida, fazer o bem por meio dos negócios. Foi por isso que largou sua carreira na indústria para abraçar o cooperativismo. Ao estudar o modelo, se apaixonou e buscou a carreira acadêmica para entender melhor tudo isso. Ela é Mestre em Gestão e Negócios pela Unisinos e tem Master em Gestão pela Universitè de Poitiers (França).

“Meu encontro com o cooperativismo se deu porque eu sempre trabalhei com sustentabilidade e com a área social. Antes eu trabalhava em uma indústria e eu queria gerar um impacto positivo na sociedade e foi por isso que eu fui para o cooperativismo. Tive a oportunidade de trabalhar com sustentabilidade no mundo das cooperativas. O que despertou minha paixão pelo cooperativismo foi o impacto positivo para as comunidades, ajudar as pessoas que precisam e que não têm oportunidade de ser cliente de uma instituição financeira. Fui vendo que o cooperativismo em geral faz com que as pessoas se unam, não em volta dos lucros, mas, sim, de mais qualidade de vida, melhores oportunidades para todos e isso fez total sentido para mim”, diz a pesquisadora.

Camila estuda os movimentos disruptivos digitais, como a economia compartilhada e novos modelos de negócios digitais. “Vejo empresas gigantes como Uber e Airbnb se vendendo como empresas de economia compartilhada. Mas são grandes corporações, pertencem a um grupo muito pequeno de pessoas. Isso, em minha concepção, não é ser compartilhado. Existem exemplos de cooperativismo de plataforma que mostram que até nos negócios digitais de hoje, é possível trabalhar em conjunto com as pessoas, com todos sendo os donos do negócio e gerando valor para todos. Um bom exemplo é  a Stocksy, cooperativa de fotógrafos que está em 65 países ao mesmo tempo gerando novos motivos para as pessoas se juntarem. Cooperativismo não é mais um movimento apenas regional. Graças à tecnologia, é global. O meio digital une as pessoas”, diz Camila.

Fascinada pela expansão das cooperativas de crédito pelo Brasil, ela comemora: “Hoje, vemos que as cooperativas de crédito estão deixando de ser algo exclusivamente local e rural para migrar para os grandes centros. As ferramentas digitais, a rapidez dos serviços e a especialização do atendimento está ajudando as cooperativas a se integrarem nos meios urbanos e atender às necessidades desses novos clientes. Estamos no caminho certo”, finaliza a pesquisadora.

  1. MULHERES PRODUZINDO CAFÉ DE PRIMEIRA
Simone Aparecida Miranda Lourenço, líder na Coocafé – Lajinha,MG.

Ela trabalha nos terreiros de secagem de café nos campos de Minas Gerais e cria três filhos com o sustento que vem da terra. Simone Lourenço é uma das líderes dos Núcleos de Mulheres da Coocafé, cooperativa de produtores de café de Lajinha, em Minas Gerais.

“Conheci a cooperativa há cerca de 10 anos e sou associada há 8. Conheci por meio de um de nossos patrões, produtor de café, que nos mostrou o trabalho da cooperativa e seus projetos na região, principalmente porque eles valorizam o trabalho das mulheres”, conta, orgulhosa, a produtora.

Há cerca de sete anos, a cooperativa criou os Núcleos de Mulheres para que as trabalhadoras pudessem ter acesso a treinamento e informações especializadas para aumentar a qualidade do café. “Antes, o trabalho era simples e duro, mas, com as novas técnicas que aprendemos por causa da cooperativa, temos mais especialização e estamos diferenciando nosso café da commodity para um café mais refinado, de grande qualidade. Muitas mulheres fazem trabalho manual de colheita de café na lavoura e também nos terreiros de secagem. Com a cooperativa, a gente tem mais amor ao trabalho”, conta Simone.

Segundo a cafeicultora, a cooperativa faz toda diferença na vida das mulheres do café. Ela conta que, antes dos grupos existirem, era muito comum que viúvas de trabalhadores ou produtores de café vendessem tudo para ir embora e largar a vida no campo. “A cooperativa incentiva as viúvas a se manterem na produção e a aprender a produzir um café ainda melhor. A cooperativa ajudou a melhorar muito a minha vida. Como sempre gostei de estar na liderança na minha comunidade, fui chamada para trabalhar e, além de aprender muito e melhorar meu trabalho, eu ajudo a melhorar a vida de outras mulheres.

A Coocafé mantém quatro Núcleos de Mulheres em Minas Gerais e Espírito Santo. Neles, as mulheres têm acesso a cursos de técnicas de produção, educação financeira, motivação e refinamento profissional. “A mulher tem mais carinho, mais atenção e cuidado no que faz. Faz as coisas com mais delicadeza. Por isso eu acho tão importante trabalhar esses núcleos. Quando começamos, o café produzido pelas mulheres não tinha nenhum destaque, mas, hoje, é um café diferenciado e procurado pelos compradores”, conta. O resultado? Hoje, as mulheres da região de Lajinha estão mostrando sua força: estão registrando em cartório a Associação das Mulheres Produtoras de Café, AMUC, que representa 63 municípios. “E, com isso, a gente espalha as boas práticas por aí”, conclui Simone.

  1. A MAIS JOVEM PRESIDENTE DE COOPERATIVA DO BRASIL
Aneli Joaquim, presidente da Cooperativa Escolar do Cemef, em Teutônia, RS.

00Os bancos das escolas, certamente, são um ambiente propício para a descoberta de vocações, para se preparar para uma vida profissional e para o despertar de talentos. O caso da menina Aneli Joaquim, de 12 anos, é um grande exemplo disso.

Aneli é a mais jovem presidente de cooperativa do Brasil. Ela é a líder da Cooperativa Escolar do Cemef – Centro Municipal de Ensino Fundamental Leonel de Moura Brizola, a Coopemef, de Teutônia (RS).

E, apesar da tenra idade, Aneli já é uma celebridade no meio cooperativista gaúcho. No ano passado, ela ficou conhecida por participar da cerimônia de entrega do Prêmio Ocergs de Cooperativismo 2018, que concedeu, na ocasião, o Troféu Padre Theodor Amstad ao presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogério Bruno Sauthier, pelos relevantes serviços prestados ao cooperativismo.

As Cooperativas Escolares são um tipo de laboratório de aprendizagem do cooperativismo onde os alunos se tornam os protagonistas de uma cooperativa de verdade formada por estudantes associados que praticam os princípios do cooperativismo, conduzindo e administrando a cooperativa, desde a escolha do produto que será comercializado, até a elaboração do estatuto, eleição de diretoria e conselhos, e organização de assembleias. Atualmente, no Rio Grande de Sul, existem mais de 100 cooperativas escolares presentes em 43 cidades gaúchas e uma federação.

 

FONTE: Matéria publicada na Revista MundoCoop, edição 89 – Texto: Leonardo Andrade

Cooabriel celebra 56 anos de história e inovação

A Cooabriel – Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel – é a maior cooperativa de café conilon do Brasil e celebra 56 anos de atuação neste dia 13 de setembro.

Nesse período, a cooperativa evoluiu, mas mantém suas origens e tradição.

A Cooabriel preserva os mesmos valores de quando foi fundada pela comunidade católica, através do Padre Simão Civalero, pároco municipal, que teve a iniciativa da criação de uma cooperativa. Ainda na década de 50, ele sensibilizava os produtores através de reuniões e cursos de cooperativismo, como forma de buscar solucionar as grandes dificuldades, sobretudo dos cafeicultores, que na época já detinham um grande parque cafeeiro da variedade arábica.

No dia 13 de setembro de 1963, quatro meses após a emancipação do município de São Gabriel da Palha, 37 cafeicultores e o Padre Simão Civalero constituíram a Cooabriel. Além de grande mentor da criação da Cooabriel, Padre Simão foi eleito o primeiro presidente da entidade (1963-1965).

A Cooabriel iniciou suas atividades montando um setor de consumo (mercearia / supermercado) para atender seus associados nas necessidades básicas. Depois passou a prestar serviços de comercialização, beneficiamento do café.  Ao longo dos anos, a Cooabriel estruturou-se para dar suporte à atividade cafeeira como um todo. Além dos serviços de armazenagem e comercialização – que são os serviços principais da sua atividade – agregou muitos outros benefícios na prestação de serviços para atender os sócios.

A estrutura de serviços permite acompanhar seus sócios desde a escolha da área para implantação da lavoura, oferecendo laboratório próprio para análises de solo e plantas, produzindo e fornecendo mudas de alto padrão genético, assistência técnica com orientação de manejo, produção, colheita, secagem, melhoramento da qualidade do café. Ainda, disponibilizando planos de financiamento de insumos, lojas agropecuárias, além de oferecer armazenagem padronizada, comercialização e outros benefícios. Um conjunto de serviços que contribuem para maior produtividade e qualidade mais apurada do produto, o que agrega valor, aumentando a lucratividade das lavouras.

O trabalho voltado para os sócios gera muitos resultados. É o caso do produtor rural Antoninho Canal, que tem uma propriedade em Águia Branca. Ele e seu pai, Armir Canal, são sócios da cooperativa desde 1971. “Tenho muito orgulho de fazer parte desta história. A Cooabriel evoluiu muito e faz parte da minha família. Minha esposa também atua no núcleo feminino e tornou-se sócia. Todos os nossos quatro filhos apoiam muito a nossa participação”, disse.

O vice-presidente da Cooabriel, Antônio Joaquim de Souza Neto, recordou que o associado quando adere à Cooperativa, sabe que sua participação; seu vínculo não se resume a um contato puramente de compra e venda (comercialização). Ele é sócio, é dono, é usuário. Não é um mero cliente. A Cooabriel oferece além da etapa da comercialização, um “pacote” de benefícios.

“A Cooabriel tem uma história muito interessante e tem raiz forte que vem da força e idealismo do Padre Simão e de homens corajosos. Conduzida nesses seus 56 anos de história por homens honrados. A Cooabriel é exemplo. Um nome que ultrapassa fronteiras. Uma cooperativa respeitada pelo trabalho e credibilidade no que faz. É referência em café conilon. Sou sócio há 48 anos e acompanho a história desta cooperativa, verdadeiramente parceira dos seus sócios, suporte da sua atividade, que faz tudo o que é possível para ajudar o produtor a melhorar sua atividade e consequentemente a qualidade de vida de sua família”, declarou o vice-presidente.

“Nossa história tem raízes. Um trabalho sério e transparente realizado há 56 anos de história da Cooabriel. Aliado a isto, temos o aprimoramento constante no processo de gestão, que permite à cooperativa oferecer aos sócios uma prestação de serviços mais competitiva. Nosso propósito é  levar os  sócios a buscarem a eficiência na condução da sua atividade e alinhar estratégias em novos mecanismos de mercado para agregação de valor ao produto, pontuou o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello.

Hoje, com mais de 6 mil sócios, a Cooabriel mantém-se como a primeira empresa do ramo cooperativista agropecuário. É a 25ª maior empresa do Espírito Santo.

 

 

Fábrica de Chocolates e Usina de Energia Limpa são as novidades da Agrocoop e Coopttec

Uma Fábrica de Chocolates produzidos com cacau capixaba e um Complexo de Geração de Energia Limpa. Essas foram as novidades para o mercado capixaba apresentadas na no dia 10 de setembro, pelas cooperativas Agrocoop e Coopttec durante a Comissão Permanente do Cooperativismo na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. A convite do deputado e presidente da Comissão Pastor Marcos Mansur, o Conselheiro de Administração do Sistema OCB/ES Wellington Luiz Pompermayer, e presidente das duas cooperativas, levou demonstrativos do trabalho desenvolvido pelas cooperativas e as propostas de inovação para inserção de novos produtos e serviços no mercado capixaba.

LEGENDA: AGROOCOOP, COOPTTEC, Geração-de-Energia-Limpa.

A grande novidade do dia foi a fábrica de chocolates Santo Cacau, que terá sua estrutura instalada em Vitória, trazendo um novo conceito de produção. Com o diferencial de fabricar chocolates com cacau de produtores de Linhares, a proposta da Agrocoop é a busca por agregar valor a seus produtos, gerando experiência positiva para seus clientes e divulgando a produção capixaba de qualidade. A experiência que a Santo Cacau vai trazer aos clientes é a possibilidade acompanhamento da cadeia de produção dos chocolates na própria fábrica através de uma estrutura totalmente envidraçada, que será incorporada à loja com os demais produtos da marca. A expectativa é de iniciarem a produção já em novembro deste ano.

A Agrocoop, constituída em 2015, surgiu de uma demanda de fruticultores da região norte do Estado. Entre os diversos itens do mix de produtos da Agrocoop, estão tomate seco gourmet, banana passa, temperos especiais e suco de uva integral. “Nosso objetivo é agregar valor aos produtos, e não vender como commodities”, ponderou Pompermayer.

E visando novos ares, a Agrocoop já está com um projeto em andamento para alcançar o mercado internacional, levando a produção agroindustrial capixaba para o exterior. “As embalagens já estão prontas, em inglês e espanhol. Estamos trabalhando todo um processo de captar clientes a nível internacional para fechar o ano exportando nossos produtos com valor agregado, mas também os produtos in natura que nós temos”, destacou Pompermayer.

Já em se tratando de tecnologia e inovação, a Cooperativa de Trabalho em Tecnologia, Educação e Gestão (COOPTTEC) sai na frente. Em julho deste ano, junto ao Sicoob e a Coopeavi, a Coopttec inaugurou o primeiro Complexo de Geração de Energia Limpa do Espírito Santo, na região de Ibiraçu. Foram instalados pela Coopttec 3.227 painéis fotovoltaicos em cima do galpão da Coopeavi com o objetivo de gerar energia a partir da captação dos raios solares e distribui-la em parceria com a EDP Escelsa. “Os painéis instalados geram energia limpa, que alimenta algumas entidades filantrópicas em que o Sicoob é parceiro e 90 agências do Sicoob no Espírito Santo”, disse Pompermayer.

Além da Usina de Geração de Energia Limpa, a Coopttec está com diversos projetos. Um deles é em parceria com a Vale, no desenvolvimento de uma plataforma educacional para cursos online atendendo, inicialmente, as áreas industrial, mecânica e de automação que, futuramente, tem a expectativa de oferecer cursos nas áreas de gestão e educação. Um sistema gerencial similar ao BI (Business Intelligence) de baixo custo para micro e pequenas empresas, o Órbita Sistema, também está em desenvolvimento.

Mais um projeto, que está em fase de licenciamento ambiental junto à Prefeitura de Cariacica, consiste no trabalho de reciclagem de resíduos eletroeletrônicos e a instalação de um parque tecnológico. “Temos uma área em Cariacica Sede e a ideia é criar um parque tecnológico e associá-lo à questão da reciclagem de resíduos eletroeletrônicos. O objetivo é levar, entre outras atividades, o desenvolvimento para aquela área, que tem pouco alcance das políticas públicas”, frisou o Presidente da Coopttec. A estrutura vai contar com dois galpões de 300m² cada.

Wellington Pompermayer finalizou sua participação na Comissão Permanente do Cooperativismo fazendo uma defesa do cooperativismo capixaba. “Queremos mostrar a força do agronegócio capixaba, do cooperativismo, mostrando o que o capixaba produz, que produz muita coisa diversificada, muita coisa bacana e com muita qualidade. E esse é o nosso trabalho, levar o produto capixaba, gerando renda para o nosso produtor, uma renda diferenciada e, principalmente, levando o nome do Espírito Santo para fora do Estado” finalizou.

FONTE: Milena Mangabeira – ARIN OCB/ES