Há luz no fim do túnel? Enquanto pensamos, 2017 vai chegando.

O Brasil e o Mundo

2016 chegou ao fim. Muitos já vinham desejando este fim a muito tempo em função dos grandes problemas ocorridos no ano, em especial aqueles que já vinham ensaiando pós crise mundial de 2008 e anos seguintes. Para complicar ainda mais, 2016 foi o ano do Impeachment quando se tornou GAF_2016.12.31_20h06m29s_004_visível o caos do combalido sistema político brasileiro.

Alguns dados dos Rankings estratégicos, por exemplo: Inovação, Educação, Competitividade, Produtividade do Trabalho, crescimento do PIB, entre outros, teimaram em perder posições deixando à mostra nossa incompetência gerencial em vários setores importantes do desenvolvimento econômico e social do mundo.

Em síntese, o que podemos ver a partir do relatório do World Economic Forum – WEF, disponível para dowload em pdf pela Fundação Dom Cabral, é que nossa performance é considerada medíocre levando-se em conta o tamanho do nosso mercado e as potencialidades naturais do país.

As quedas de competitividade vem ao longo dos últimos anos se tornando uma constante. O contexto se agrava pela incompetência da gestão política em total dispersão em métodos e gestão com o importante e necessário desenvolvimento econômico.

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Se nossa posição em 2012 (48) já não era grande coisa, a partir deste começamos a conviver com sucessivas quedas, até chegar ao pior resultado dos últimos 10 anos. O relatório em questão disponibilizado em https://www.fdc.org.br/, apresenta vários outros importantes pontos da avaliação como mostramos abaixo:

GAF_2016.12.31_20h03m41s_003_Como pode ser observado nos 12 pilares de avaliação da competitividade dos países, nossa melhor colocação está no item Tamanho do Mercado (7o. lugar), e dentre todos o pior resultado está na Eficiência do mercado de bens (122). Próximo a este péssimo lugar está o item Instituições (121).

Vamos ao item Instituições – Comentário do Relatório: “Neste grupo de fatores, o pilar Instituições caiu 27 posições, em função de variáveis associadas à ética nas relações entre o setor público e privado e à corrupção. Indicadores como confiança pública em políticos (138a), pagamentos irregulares e subornos (112a), comportamento ético das firmas (133a), pouca eficácia dos conselhos corporativos (79a) e proteção aos interesses de acionistas minoritários (78a) estão diretamente ligados aos recentes escândalos de corrupção que envolveram poder público, partidos políticos e iniciativa privada. Houve, ainda, significativa piora em todos os indicadores associados às práticas de governança das empresas.”

Enfim, o caos que sentimos duramente na pele via desemprego da classe trabalhadora onde podemos destacar através de posicionamento do gestor do IBGE: “Você tem um aumento expressivo da desocupação, um aumento que é constante e significativo. Chegamos a 12 milhões de pessoas desocupadas. Dados indicam um cenário complicado”, afirmou Azeredo, Coordenador do IBGE em declaração à imprensa no final de Outubro 2016. Continuando, a população ocupada atingiu 89,8 milhões de pessoas. O número mostra uma queda de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 2,4% sobre o terceiro trimestre do ano anterior. “O contingente de trabalhadores desce da marca de 90 milhões, que foi atingida pela primeira vez no segundo trimestre de 2013”, disse o coordenador do IBGE neste depoimento recente.

O ano se encerra e junto com ele esta e outras coleções de más notícias, entretanto sabemos que não se constrói nada com más notícias, e uma dose de coragem e competência será necessário para a mudança do quadro de péssimos resultados e de um pessimismo resistente – 2017 é um novo desafio e nós precisamos mudar o paradigma do derrotismo – não há outra saída.

A Perspectiva Capixaba

O governo do ES vem mostrando sua garra e determinação dentro da filosofia do fazer mais com menos, ou seja, de aplicar os conceitos, métodos e práticas da produtividade na gestão pública – é um bom começo!. Enquanto se fala na PEC no nível federal, o governador Paulo Hartung e sua equipe executa a estratégia da racionalização dos custos no nível estadual com bons resultados, mas também com muita dor pois não temos como reduzir custos sem que haja sacrifícios.

GAF_2017.01.01_11h30m41s_003_O jornal A TRIBUNA deste primeiro domingo e primeiro dia do ano de 2017 traz boas perspectivas.  (veja o destaque). A reportagem cita 25 empreendimentos com investimentos em várias obras de infraestrutura, novas empresas e logística.

Recentemente estivemos no evento do Fórum Capixaba de Petróleo e Gas no Auditório da Findes, com presença de representantes das grandes empresas e instituições do mundo do petróleo (Petrobras, Shell, Statoil, Schlumberger, SEDES, FINDES entre outras) e também de autoridades capixabas, em especial do governador Paulo Hartung, onde ficou claro a disposição de se realizar novos e significativos investimentos no ES. Palavras do governador, “O muro de lamentações é um obstáculo que necessita que levantemos as cabeças para trilhar os necessários caminhos do sucesso. O muro dos tabus ruiu no nosso país. Hoje podemos debater tudo e precisamos sim, de sólidos argumentos. Nós podemos modernizar este país com liderança coletiva, inteligente e responsável. Tudo depende de nós“. No mesmo dia a imprensa citava o projeto da ferrovia que deverá ligar o ES ao RJ, outra boa notícia.

Outro ponto importante, já relatado aqui no Gestão & Resultados foi o conjunto de ações e as audiências públicas realizadas em Ouro Preto e Mariana que tem como objetivo criar condições para o retorno da operação da Samarco em aproximadamente 6 meses. Como se sabe a Samarco responde por aproximadamente 6% do PIB capixaba.

Destaque para o plano nacional

Na visão de Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE, a crise econômica que de certa forma dilacerou boa parte do setor industrial começa a perder o fôlego. Os sinais de recuperação vão ficando mais nítidos e gerando confiança. Pelo menos é o que demonstra o estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que prevê a retomada do crescimento a partir do ano que vem.

Segundo o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 1,7% em 2017; 2,5% em 2018; 2,8% em 2019; e ultrapassar os três pontos em 2020. Com a recuperação dos investimentos privados, o emprego também voltará a crescer.

Ashampoo_Snap_2015.02.11_09h44m19s_007_CAPACITAÇÃO: Apesar do quadro otimista, a CNI faz um alerta: para dar conta da demanda do reaquecimento da economia, o Brasil terá de qualificar 13 milhões de jovens entre 2017 e 2020 para ocupações no setor industrial, incluindo pessoal de nível superior e técnico. De acordo com o estudo, as áreas de maior procura serão construção civil, com 3,8 milhões de vagas, seguidas de meio ambiente e produção (2,4 milhões), indústria metal mecânica (1,7 milhão); e alimentos (1,2 milhão).

Enfim, já é um bom começo. Vamos continuar nossa crença e nossa luta para que as ideias saiam do papel e se tornem realidade. Em seu livro, Em Busca da Excelência, relatando casos de sucesso em organizações em todo o mundo, Tom Peters deixava ao final da sua obra a famosa frase, “Tudo vem das Pessoas”.

Esta é a nossa hora e este é o ano (2017) das grandes e positivas mudanças. Em breve estaremos comentando aqui os desafios da gestão pública, em especial das prefeituras. Aguarde!

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