Não Culpes Ninguém

Esta reflexão originalmente publicada no site Pensar Contemporâneo traz a tona um comportamento muito usual nas empresas e também no seio dos relacionamentos familiares. A atitude de colocar a culpa no outro tem sido uma pratica recorrente, provocando distanciamento, mágoas e improdutividade nas relações que dependem da sinergia humana. É muito comum ouvir em nossas organizações de uma forma incisiva e taxativa a expressão: A culpa e de vocês! Ninguém se preocupa com aquele velho e bom diagrama de Ishikawa das relações de Causas e Efeito para entender que o processo é muito mais complexo pois as causas podem estar distribuídas em vários setores onde o gestor terá a incumbência de identificar e corrigir as possíveis falhas.

Vamos ao texto do Pensar Contemporâneo:

As pessoas que culpam os outros geralmente tentam esconder seus sentimentos de desamparo. Se elas não culparem ninguém, estarão admitindo que não estão no controle e que não há nada que possam fazer.

Ao culpar os outros, a pessoa desamparada assume a posição do acusador e se sente mais no controle.

Em algumas situações, é aceitável culpar os outros se eles forem realmente responsáveis ​​e se culpá-los fizer evitar erros semelhantes no futuro, mas na maioria dos casos você deve aprender como assumir responsabilidade por suas ações e estar no controle de sua vida para que você Não culpe pessoas inocentes.

É isso que Neruda nos diz de forma poética nesse poema que é um dos mais lúcidos e belos conselhos que o poeta nos deixou.

 

Não Culpes Ninguém | Pablo Neruda

“Não te culpes por nada, nunca te queixes de nada, nem de ninguém, porque fundamentalmente tu tens feito tua vida.

Aceita a responsabilidade de edificar a ti mesmo e o valor de acusar-te no fracasso para voltar a começar; corrigindo-te,
o triunfo do verdadeiro homem emerge das cinzas do erro.

Nunca te queixes do meio ou dos que te rodeiam,
há em teu meio, aqueles que souberam vencer, as circunstâncias
são boas ou más segundo a vontade ou fortaleza de teu coração.
Aprende a converter toda situação difícil em uma arma para brigar.

Não te queixes de tua pobreza, ou de tua sorte,
enfrenta com valor e aceita que de um outra maneira,
tudo dependerá de ti; não te amargures com teu próprio fracasso,

Nem culpes a ninguém por isso, aceita agora ou seguirás
justificando-te como um menino, relembra que qualquer momento é bom para começar e que nenhum é tão terrível para claudicar.

Pare já de enganar-se, és a causa de ti mesmo,
de tua necessidade, de tua dor, de teu fracasso.
Se, tu tens sido o ignorante, o irresponsável, tu, unicamente tu, ninguém pode haver feito por ti.

Não esqueças que a causa de teu presente é teu passado,
como a causa de teu futuro é teu presente.

Aprende com os fortes, os audazes, imita aos enérgicos,
aos vencedores, aos que não aceitam situações,
aos que venceram apesar de tudo.
Pensa menos em teus problemas e mais em teu trabalho
e teus problemas sem alimento morrerão.

Aprende a nascer desde a dor e a ser maior,
que o maior dos obstáculos.
Veja-te no espelho de ti mesmo.
Começa a ser sincero contigo mesmo. Reconhecendo-te pelo teu valor, pela tua vontade e por tua fragilidade para justificar-te.
Recolhe-te dentro de ti mesmo, mais livre e forte,
e deixarás de ser um boneco das circunstâncias,
porque tu mesmo és teu próprio destino

Levanta-te olha as manhãs e respira a luz do amanhecer.
Tua és parte dá força dá vida.
Agora desperta, caminha, luta.
Decide-te e triunfarás na vida
Nunca penses na sorte,
porque a sorte é o pretexto dos fracassados”

FONTE: https://www.pensarcontemporaneo.com/nao-culpes-ninguem-o-belo-poema-de-pablo-neruda-para-refletir/

Observação do site: O texto é atribuído a Pablo Neruda, sem comprovação.

Ilustração: Getulio A. Ferreira – blog Gestão & Resultados

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