Economia

Besi: vendas no varejo sinalizam alta de até 0,4% do PIB

São Paulo - Os dados de vendas do comércio varejista relativos a fevereiro sinalizam para uma queda de 2,4% da produção industrial em março e um crescimento modesto de 0,2% a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. A previsão foi feita pelo economista-sênior do Banco Espírito Santo (Besi Brasil), Flávio Serrano, durante análise que fez para o Broadcast dos dados de vendas do comércio varejista divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Serrano, os dados vieram dentro do esperado e confirmando um procedimento visto já há algum tempo, que consiste num melhor desempenho das vendas restritas - mais dependente de renda - em relação às vendas ampliadas - que além do fator renda depende também do crédito e de incentivos.

"Ainda que em patamares baixos, o crescimento das vendas restritas é consistente", disse o economista. Por outro lado, de acordo com Serrano, no segmento de vendas ampliadas, além da diminuição do crédito pelo encarecimento, os incentivos às vendas de carros, por exemplo, estão sendo retirados. "Por isso temos maior volatilidade dos dados do setor varejista que depende mais de crédito", reforçou o economista do Besi Brasil.

Conforme dados divulgados nesta terça-feira, 15, as vendas de fevereiro do varejo restrito - exceto automóveis e materiais de construção - cresceram 0,20% na comparação com janeiro e 8,20% no confronto com fevereiro de 2013. No conceito de vendas ampliadas, que consideram as vendas de automóveis e materiais de construção, o IBGE confirmou uma queda de 1,6% na comparação de fevereiro com janeiro e um avanço de 8,4% ante fevereiro de 2013.

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