Economia

SP: mesmo com volume morto, água pode acabar em outubro

São Paulo - Estimativas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) indicam que, mesmo usando o chamado volume morto do Sistema Cantareira, a reserva do principal manancial paulista é suficiente para abastecer a Região Metropolitana somente até outubro, mês em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) tentará a reeleição. O governador disse nesta quarta-feira, 9, pela primeira vez, que não descarta impor rodízio de água na Grande São Paulo caso a chuva nos próximos meses seja insuficiente para recuperar o Cantareira.

"O rodízio não está descartado. Ele será analisado diariamente pelos técnicos que vão monitorar esse trabalho", disse Alckmin. "Neste momento, não há necessidade (de rodízio)", completou. No dia 25 de fevereiro, o governador já havia dito que um eventual racionamento de água generalizado na Grande São Paulo, até então descartado por ele, seria "uma decisão técnica" da Sabesp, avaliada "mais para frente".

Em seu relatório de sustentabilidade de 2013, divulgado na semana passada, a companhia admitiu pela primeira vez a possibilidade de racionamento. "Se as chuvas não retornarem a índices adequados e, consequentemente, os níveis dos reservatórios não forem restabelecidos, poderemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio de água", diz a empresa no documento destinado a investidores.

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