Economia

Empresários capixabas unidos para melhorar infraestrutura e logística no Sudeste

As Federações das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Rio de Janeiro (Firjan), São Paulo (Fiesp) e Minas Gerais (Fimg) iniciaram estudos para identificar gargalos e melhorar a infraestrutura de transportes e logística de cargas na Região Sudeste. O objetivo é diminuir custos para as indústrias e aumentar os lucros. 

Os estudos, que fazem parte do projeto denominado Sudeste Competitivo, tem parceria com a  Confederação Nacional das Indústrias e terá um custo de R$ 3 milhões. Serão cerca de 25 profissionais da empresa de consultoria Macrologística que estarão à frente dos estudos que começaram no mês passado e terão 12 meses de prazo para serem concluídos.

A metodologia dos trabalhos foi apresentada nesta terça-feira no auditório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) pelo diretor da Marcrologística, Olivier Girard. O evento teve a participação ainda de empresários, sindicatos e representantes do governo.

O presidente da Findes, Marcos Guerra, explicou o que os empresários esperam com o projeto. “Queremos uma integração total do país. O objetivo é reduzir custos com o transporte de mercadorias. Desde a década de 80  a indústria de transformação vai diminuindo sua participação no PIB, que era de 24,9% e no ano passado foi de 13%. Em projetos proposto pelas federações para termos mais competitividade. Sabemos que investimentos do Governo Federal seria mais lento e esse estudo é uma ferramenta importante”, disse.

A ideia é de que os estudos sejam voltados para o que seria mais interessante para toda a região sudeste e não apenas para um estado específico. “É um projeto regional, o que sair daqui é o que será importante para a região como um todo, não necessariamente para o Espírito Santo”, explicou Girard.

Os estudos terão ênfase em  escoação da produção de 14 cadeias produtivas, que são os principais produtos estratégicos da região Sudeste, seja com maior movimentação de volume ou com maior relevância na balança comercial da região. Entre essas cadeias produtivas estão, por exemplo: ferro e aço; petróleo e derivado; veículos e autopeças; madeira e soja.

O setor de rochas ornamentais, que é um segmento importante no Espírito Santo, não está entre as cadeias produtivas que terão ênfase nos estudos, mas Girad disse que esse potencial do Espírito Santo não será ignorado. “Vamos estudar também, mas sem sermos detalhistas como seremos com as demais cadeias produtivas”, disse.

A mesma empresa foi responsável  pela elaboração dos estudos nas região Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que já foram concluídos.  A ideia é de que ao final dos trabalhos realizados no Sudeste o Brasil esteja integrado física e economicamente com os dados colhidos no estudo.

Depois de terminados os estudos na região sudeste, que terá contribuição dos governos estaduais e federais, a ideia  é conseguir junto aos governantes parcerias para a realização dos projetos, como construção de ferrovias, portos, aeroportos ou melhorias que sejam necessárias e que serão identificadas pelos estudos.

“Nas outras regiões já temos feito o lançamento dos estudos na sede da CNI, apresentando a cada estado individualmente e finalizado isso apresentaremos também ao Governo para mostrar as vantagens e como forma de pressioná-lo para que os projetos sejam realizados”, disse Girard. 

Objetivos do Sudeste Competitivo
- Integrar física e economicamente os estados envolvidos no estudo e as demais Regiões do Brasil;

- Identificar e selecionar os sistemas de logística de menor custo, voltados para o mercado interno e externo, formados pela infraestrutura de transporte de cargas da região abrangida pelo estudo e torná-los mais competitivos;

- Proporcionar a transformação dos sistemas de logística em eixos integrados de desenvolvimento a medida que forem complementados com investimentos em energia, telecomunicação e capital humano, atraindo as atividades econômicas, gerando emprego e renda, fomentando a inserção da região na economia mundial;

- Liderar o processo de reconstrução e melhoria da infraestrutura brasileira, com a participação da iniciativa privada.

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