Economia

Advogado da Rodosol diz que ponte já foi paga, e nega sonegação de informações durante auditoria

O advogado da Rodosol, concessionária que administra a Terceira Ponte, Rodrigo Martins, admitiu que a ponte já está paga. O advogado, contudo, defende a manutenção do contrato com o governo do Estado, e negou que a empresa tenha sonegado informações para os trabalhos de auditoria do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES).

Durante entrevista a uma rádio de Vitória, nesta sexta-feira (02), o advogado explicou que a Terceira Ponte está paga, mas que o contrato de concessão firmado entre a empresa e o Estado prevê que os recursos provenientes do pedágio também deveriam cobrir os custos da duplicação da Rodovia do Sol, que liga Vila Velha a Guarapari. “Sim, a ponte está paga. Ninguém discute isso. Mas o que o projeto concebeu foi: vamos usar o recurso para poder duplicar a estrada, porque o tráfego na estrada não seria suficiente para pagar a duplicação”.

Sonegação de informações

Ao contrário do que havia sido exposto pelo Ministério Público de Contas (MPC), Martins negou que a empresa tenha sonegado informações solicitadas pela área técnica do Tribunal de Contas para a realização da auditoria no contrato de concessão. “Quando essa comissão foi instalada, fomos ao tribunal e perguntamos qual seria o escopo, o que pretendiam verificar. Isso em momento algum foi divulgado. Todos os documentos solicitados foram passados para a auditoria”, frisou.

Segundo o advogado, a Corte de Contas teria equivocado-se em relação aos lucros obtidos pela empresa. “O problema da auditoria é que ela está confundindo o tipo de contrato de concessão. Se a arrecadação total foi de R$ 600 milhões, como é que o desequilíbrio é de R$ 800 milhões? Isso não existe”, enfatizou.

Ele disse ainda que o Estado tem controle de toda a arrecadação feita pela empresa em tempo real. “As cabines da Rodosol são ligadas online à administração estadual. Eles recebem online o valor da arrecadação. Não tem como mentir sobre isso. Não há dúvida quanto a isso”. 

Defesa

Martins também explicou que a empresa ainda está elaborando a defesa que será apresentada ao TCES, e que advogados de fora do Estado também estão analisando o assunto. “A defesa ainda está sendo elaborada. São vários advogados, inclusive de escritórios de fora do Espírito Santo. O modelo de concessão da Rodosol é igual aos modelos do Brasil todo, e esse precedente é importantíssimo”, afirmou.

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