Economia

Índice de mercados emergentes melhora em abril, diz HSBC

São Paulo - O Índice de Mercados Emergentes (EMI, na sigla em inglês) do banco HSBC mostrou ligeiro avanço, para 50,4, em abril ante 50,3 em março. O resultado ficou "bem abaixo" da média (53,9) da série histórica de oito anos e meio e indica apenas um acréscimo marginal na produção global nos mercados emergentes, destaca o banco. Mesmo assim, como permaneceu acima dos 50 pontos, o índice indica expansão. Abaixo da marca de 50 pontos, indicaria contração.

Os dados de abril indicam uma queda na produção nas quatro principais economias emergentes. O Brasil apresentou uma "queda fracionada" pela segunda vez em quatro meses, segundo o HSBC. Além disso, na China, houve leve retração da indústria e de serviços pelo terceiro mês consecutivo, a produção do setor privado na Rússia caiu no ritmo mais forte desde maio de 2009 e a atividade dos negócios na Índia apresentou queda pela nona vez em dez meses.

Segundo o relatório, o volume de novos negócios na indústria e nos serviços no conjunto de países cresceu a uma taxa similar à de março, quando esteve no menor patamar em oito meses. O documento do HSBC destaca que as pressões de custo continuaram controladas em abril, enquanto a média de preços subiu na menor taxa desde junho de 2013. "As companhias certamente não estão esperando nenhuma recuperação iminente, com as expectativas em relação ao próximo ano se deteriorando ainda mais", comenta Chris Williamson, economista-chefe da Markit.

Na avaliação de Williamson, a Rússia está vivendo a retração mais forte desde o ápice da crise financeira global e dados da economia chinesa indicam enfraquecimento do crescimento do PIB no segundo trimestre. "No entanto, existem alguns pontos positivos. O Oriente Médio segue registrando forte crescimento e o Leste Europeu apresentou taxas robustas de expansão", afirmou o economista.

Expectativas mínimas

O índice de produção futura dos mercados emergentes, que mostra as expectativas para a atividade nos próximos 12 meses, caiu para uma nova mínima em abril, refletindo principalmente uma queda acentuada das expectativas de produção no Brasil e no México, além do sentimento mais fraco do ano na China.

No Brasil, o indicador registrou um recorde negativo, no menor patamar em mais de dois anos de coleta. No setor de serviços, o nível também é o mais baixo desde o início da pesquisa de PMI do setor, em março de 2007. O EMI deriva das pesquisas do índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) realizadas pelo HSBC em 17 países emergentes e publicadas mensalmente.

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