Economia

Rodosol apresenta defesa no Tribunal de Contas e alega que teve prejuízo de R$ 87,5 milhões

A concessionária afirmou que os cálculos feitos pelo TCES de que o lucro da empresa seriam de R$ 798 milhões estão errados e a empresa quer o reparo dos prejuízos

Concessionária contesta a suspensão do pedágio

A Rodosol convocou uma coletiva nesta segunda-feira (16) para comunicar que protocolou no Tribunal de Contas do Estado (TCES) um documento que traz sua defesa em relação ao relatório preliminar divulgado pelo órgão em abril deste ano. A Rodosol contesta o lucro irregular apontado pelo órgão de R$ 798 milhões e afirma ter tido prejuízo de R$ 85,7 milhões.

Na coletiva estavam presentes o presidente da empresa, Geraldo Dadalto, e a equipe de advogados da Rodosol. A empresa informou, por meio do advogado Bruno Calfat, que espera que o TCES acate a defesa apresentada, mas que há a possibilidade da empresa também estudar outras medidas para recuperar o prejuízo alegado com a suspensão do pedágio.

“Em primeiro lugar vamos esperar o Tribunal de Contas apresentar essa resposta, esperar que acolham a nossa defesa, mas vamos estudar, em paralelo, outras medidas que podem ser na esfera administrativa ou judicial para reparar os prejuízos causados. Não justifica o contrato ser suspenso, isso é ilegal. Precisa ser revisto e reparado”, disse Calaf.

Sobre os R$ 798 milhões que a Rodosol teria lucrado, de acordo com o Tribunal de Contas, a empresa alegada que o órgão não considerou que a Rodosol fez obras, por exemplo, que não estavam previstas no edital, como iluminação na Barra do Jucu e Ponta da Fruta e a construção de viaduto em Terra Vermelha e Interlagos, que foi solicitado pelo Governo do Estado e não estava previsto no edital de concessão.

Outras pontos que a Rodosol alega que o TCES desconsiderou foram: isenção dada aos ônibus do Sistema Transcol; custos de operação e conservação e realização do trabalho de conserva especial; o BDI (custos indiretos e expectativa de lucro) no cálculo no valor dos investimentos. 

Ao desconsiderar esses pontos, o TCES chegaria a um valor de R$ 22 milhões de prejuízo ao Estado. Com o valor corrigido, levando em conta a Taxa Interna de Retorono (TIR), esse valor chegaria ao R$ 798 milhões.

A empresa alega que feitos os cálculos corretos não haveria prejuízo para o Estado e sim para a concessionária e que seria de R$ 2,4 milhões, que com a correção chegaria aos R$ 85,7 milhões.

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