Economia

Confiança do empresário capixaba registra queda em dezembro

Índice que mede a confiança do empresário do comércio registrou leve queda em função da baixa no nível de investimento. O fraco nível da atividade econômica minou o otimismo

O fraco nível da atividade econômica minou o otimismo do empresário do setor ao longo do ano Foto: Divulgação

Em dezembro, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC) registrou 103,2 pontos, uma retração ligeira de 0,7% em relação a novembro (103,9 pontos), sendo mais acentuada no comparativo com o mesmo período de 2013, quando o ICEC atingiu 114,2 pontos. Tal encolhimento no otimismo é consequência das quedas de 4% na expectativa na economia brasileira e 7,5% no nível de Investimento das empresas comerciais. As informações são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
 
O subíndice que mede a percepção das condições financeiras em dezembro registrou uma elevação de 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, isto é, passando de 63,8 pontos em novembro para 64,4 pontos em dezembro. “A avaliação do empresário quanto às condições da economia e das empresas do comércio se destacaram positivamente. Porém, em dezembro de 2013, o mesmo subíndice registrou 80,7 pontos”, pontua José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES.
 
O fraco nível da atividade econômica minou o otimismo do empresário do setor ao longo do ano. O subíndice que avalia a expectativa do empresariado do comércio recuou 0,7% em dezembro frente a novembro, em função das expectativas menos favoráveis para a economia brasileira nos próximos meses (queda de 4%).
 
Sepulcri analisa o comportamento do empresário. “Em 2013, por exemplo, a perspectiva de crescimento do país era de 2,1%, a média recuou em 2014 para perto de zero, 0,2%. O empresário que fica atento aos rumos da economia percebe esse retrocesso e se esforça para manter o ânimo”.
 
A expectativa em relação ao desempenho do setor nos próximos meses também é menor, sendo refletida na queda de 7,5% no nível de investimento das empresas comerciais. No total, o índice que mede a intenção de consumo do empresário do comércio caiu 1,7% em dezembro comparado a novembro. A incerteza quanto ao retorno satisfatório nos empreendimentos e o elevado custo na captação de recursos têm inibido o empresário na hora de arriscar.
 
Avaliação por porte e grupo de atividade
 
A confiança das médias e grandes empresas registrou 116,2 pontos em dezembro frente a novembro (124,4 pontos). A queda de 2,7% percepção das condições atuais, -11,4% na expectativa e -3,7% na intenção de investimento dessas empresas contribuíram para a retração brusca de 6,6% no Índice.
 
O recuo na confiança das micro e pequenas empresas foi mais leve, passando de 103,4 pontos em novembro para 102,9 pontos em dezembro, em função da expansão de 1% nas condições atuais para a maior parte do empresariado. Entretanto, houve retração nos índices que medem a expectativa (0,5%) e o nível de investimento (1,7%).
 
Em dezembro, a queda na avaliação das condições correntes, no índice de expectativa e na disposição no investimento dos empresários de hiper e supermercados (não duráveis) resultaram na queda de 105,5 pontos em relação aos 117,4 pontos apresentados em novembro, isto é, uma retração de 10,1%. Enquanto, os empresários de produtos semi-duráveis e duráveis mantiveram crescimento de 1,9% e 4,2%, respectivamente.

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