Economia

Consumidor começa o ano pessimista com inflação e desemprego, aponta CNI

Entre os componentes da pesquisa, a inflação apresentou queda de 10% em relação a dezembro e 16,3% na comparação com janeiro de 2014

Redação Folha Vitória
Inflação assusta brasileiros Foto: Divulgação

Brasília - O brasileiro inicia 2015 mais pessimista com o desenrolar da economia do que começou 2014. A maioria da população está com mais medo de ver a inflação disparar e o desemprego aumentar. O sentimento foi mapeado pelo Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta sexta-feira, 30, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O indicador caiu 4,6% em janeiro na comparação com dezembro e está 8,5% menor que no primeiro mês de 2014. "Foi a terceira queda consecutiva do indicador, que está 6,1% abaixo da média histórica, que é de 111,1 pontos", disse a CNI.

Entre os componentes da pesquisa, a inflação apresentou queda de 10% em relação a dezembro e 16,3% na comparação com janeiro de 2014. Já o indicador de expectativa de desemprego caiu 6,1% sobre dezembro e 21,2% em relação a janeiro do ano passado.

Segundo a CNI, quanto maior a queda dos componentes mais elevado é o número de pessoas temerosas com a disparada da inflação e o aumento do desemprego nos próximos seis meses.

O Inec apontou também que mais pessoas estão preocupadas sobre a melhora na sua renda pessoal (queda de 4,2% em janeiro e 4,8% em relação ao mesmo mês de 2014) e com a sua situação financeira nos próximos meses (recuos de 4,8% e 7,4%, respectivamente).

Apesar das expectativas negativas para as finanças pessoais, parte das 2.002 pessoas ouvidas pelo Ibope a pedido da CNI, em 142 municípios entre 15 e 19 de janeiro, disseram estar mais confiantes em relação ao seu endividamento. Este componente da pesquisa apresentou crescimento de 0,5% em relação a dezembro, embora tenha se mantido 5,8% menor que em janeiro de 2014.

O indicador de compras de maior valor caiu 4,8% sobre dezembro, mas também apresentou uma ligeira melhora em relação a janeiro do ano passado, com alta de 0,7%.

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