Economista capixaba diz que boatos sobre confisco da poupança são “papo de botequim”
Na internet, inúmeras montagens circulam para confirmar os boatos, já negados pelo Ministério da Fazenda e agora são investigados pela Polícia Federal
A divulgação em massa nas redes sociais da informação de que o Governo Federal irá confiscar, na próxima terça-feira (17), os valores investidos na poupança para quitar parte da dívida externa brasileira ultrapassou o nível do boato e se tornou crime.
Na internet, inúmeras montagens – desde notícias de jornais online à comunicados oficiais da Caixa Econômica Federal – circulam para confirmar os boatos, já negados pelo Ministério da Fazenda em nota oficial e agora investigados pela Polícia Federal.
Para a economista e professora da Funcape, Arilda Teixeira, a transmissão dessas mensagens é apenas “papo de botequim”, com o objetivo exclusivo de gerar pânico entre os poupadores. Arilda afirma, ainda, não enxergar a mínima possibilidade do confisco acontecer.
“Há 25 anos, o congelamento das poupanças foi um ato inconstitucional do presidente da república; repetir a ação ilegal seria incorrer no mesmo erro e numa época completamente diferente. O confisco só iria gerar uma instabilidade crônica no cenário econômico e político, principalmente”, finalizou a economista.
Em maio de 2013, boatos sobre o fim do Programa Bolsa Família espalhados pelas redes sociais levaram milhares de beneficiários às agências da Caixa em vários Estados brasileiros. Os boatos fizeram com que a Caixa, responsável pela gestão do Bolsa Família, antecipasse o pagamento dos benefícios.
