Economia

Construtoras paralisam obras e esperam reajustes

Redação Folha Vitória

Brasília - Além da faixa intermediária, os empresários preferem esperar os reajustes nos valores dos imóveis prometidos para a terceira etapa em vez de aceitar as condições da segunda fase. Como consequência, o programa de habitação popular está praticamente parado neste ano. O setor pede um reajuste no valor máximo que o governo paga nos imóveis - o teto financiado é de R$ 190 mil no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio. Nas demais cidades, o limite varia de R$ 90 mil a R$ 170 mil. O último reajuste no teto de preços ocorreu em 2012.

Empresários do setor reclamam que esses valores estão defasados e precisam ser corrigidos, ainda mais com o pedido da presidente de que todas as casas da terceira etapa tenham muro. Dilma disse na semana passada que o desafio para a terceira fase será fazer empreendimentos em grandes cidades, devido aos altos preços dos terrenos.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que o governo deve dar um aumento em torno de 5% para que as construtoras cumpram exigências de níveis mínimos de qualidade em itens como revestimentos acústico e térmico e iluminação nas moradias do programa - a indústria queria entre 7% e 10%.

O impasse das novas regras do Minha Casa afeta o setor. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil tenha recuado 5% em 2014 - a primeira queda desde 2009, quando o programa de habitação popular foi criado como resposta aos efeitos da crise financeira internacional.

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