Economia

Correção: Soja piorou resultado da balança em fevereiro, diz ministro

Redação Folha Vitória

Brasília - A nota enviada anteriormente continha uma incorreção. O ministro do Desenvolvimento, Indústria, e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, não afirmou que falta foco na política comercial com relação aos EUA, mas sim que esse foco precisa ser mais claro. Segue o texto corrigido:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro Neto, disse nesta terça-feira, 3, que as dificuldades dos produtores de soja impactaram negativamente no resultado da balança comercial de fevereiro, que registrou o pior déficit para o mês desde 1980. "Houve retardo da colheita de soja, comparando com anos anteriores, em termos de volumes muito menores. Portanto, é um resultado que não deve ainda justificar uma avaliação mais completa do desempenho do exportador", disse.

O ministro considerou o déficit global da balança, em US$ 6 bilhões no primeiro bimestre, como um desempenho passageiro que será melhorado nos próximos meses. "Eu diria que o efeito se dá não no faturamento da exportação do mês, mas no maior engajamento de empresas nesse esforço exportador. As análises nos indicam uma tremenda procura desse esforço e logo vai aparecer", disse.

Monteiro Neto, contudo, evitou afirmar se haverá superávit da balança ao final de 2015. Ele optou por creditar uma recuperação da balança à queda no preço do petróleo no mercado internacional. "A conta que mais isoladamente resultou em maior déficit foi a conta petróleo, que em dois anos nos produziu um déficit de US$ 40 bilhões. Seguramente com a queda no preço do petróleo, vamos ter um resultado mais favorável esse ano", firmou.

Para o ministro, as dificuldades nas negociações do Brasil com os Estados Unidos nos últimos anos levou a uma retirada da principal economia global do foco da política de comércio exterior do Brasil, segundo Monteiro. Em entrevista nesta terça-feira, 3, o ministro disse que precisa corrigir essa falta de foco. "O Brasil, para além dos aspectos formais, considera sim os Estados Unidos um parceiro estratégico por todas as razões. Então, eu acho que o importante é que haja claramente um foco na política comercial brasileira que leve isso em conta, e nós temos, no MDIC, essa compreensão".

O ministro participa de almoço em homenagem ao diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, que está no Brasil para pedir a ratificação do acordo de Bali, na Indonésia, e a conclusão das conversas sobre a Rodada Doha.

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