Economia

Metalúrgicos da Ford de São Bernardo assinam acordo de estabilidade até 2017

Redação Folha Vitória

São Paulo - Com a crise pela qual passa a indústria automobilística brasileira, trabalhadores da Ford de São Bernardo do Campo fecharam com a direção da montadora acordo coletivo que garante estabilidade do emprego até abril de 2017, índices de reajuste salarial até 2016 e participação nos lucros e resultados (PLR) até 2017, além da abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV).

O acordo vinha sendo negociado entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora desde o ano passado e foi aprovado nesta quinta-feira, 26, pelos trabalhadores em assembleia geral realizada na empresa. "A aprovação tira de cena qualquer ameaça de insegurança em relação ao emprego", disse o presidente do sindicato, Rafael Marques, em nota à imprensa.

O acordo prevê reposição integral da inflação em 2016 nos salários, mais abono de R$ 1,7 mil. Segundo o sindicato, o valor foi calculado tendo como parâmetro um aumento real de 2%. Para este ano, o reajuste será convertido em abono, no valor de R$ 8.018,00. Para o cálculo da PLR, o acordo prevê, para 2016, o mesmo valor pago em 2015 (não divulgado) e, para 2017, o mesmo valor corrigido pelo INPC.

PDV

O programa de demissão voluntária foi aberto para trabalhadores horistas de toda a unidade, no valor de 83% do salário por ano de trabalho. Para os trabalhadores com restrição médica, esse porcentual será de 140%. Os funcionários que trabalhavam, mas já estavam aposentados, serão desligados e também receberão 83% do salário por ano de trabalho. De acordo com o sindicato, há cerca de 80 trabalhadores nessa situação.

Na fábrica de São Bernardo da Ford, 424 trabalhadores estão em banco de horas por tempo indeterminado, desde o último dia 23 de fevereiro. Na planta de Taubaté, outros 250 funcionários estão em lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) até 31 de março deste ano. Em ambos os casos, a montadora alega que os mecanismos foram necessários para adequar produção à baixa demanda.

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