Economia

Quer comprar um imóvel? Veja se é vantajoso financiar mesmo com aumento dos juros

A Caixa acredita que o aumento não irá afetar o desempenho da carteira. Tanto que a perspectiva em 2015 é que o financiamento atinja o mesmo resultado do ano anterior: R$ 128,8 bi

Financiamento habitacional fica mais caro, mas ainda vale a pena Foto: Reprodução

Com o aumento das taxas de juros aplicadas no financiamento imobiliário de imóveis residenciais com recursos da poupança (SBPE), a partir do dia 13 de abril, a dúvida sobre contratar ou não o crédito pode surgir no pensamento de quem sonha em adquirir sua casa própria.

Segundo a especialista da Fucape, Arilda Teixeira, o reajuste nos juros do financiamento – de 9,15% para 9,45% para quem não tem relacionamento com o banco – ficou abaixo do índice da inflação em 2014. “A taxa da inflação foi de 6,58% no ano passado; já os juros cresceram 3,28%, menos da metade”, explicou.

A Caixa acredita que o aumento não irá afetar o desempenho da carteira. Tanto que, segundo a assessoria do banco, a perspectiva em 2015 é que o financiamento atinja o mesmo resultado do ano anterior, quando fechou com R$ 128,8 bi em empréstimos. A alteração foi feita devido ao aumento das taxas básicas de juros. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano. 

A alteração ocorreu apenas no financiamento que utiliza recursos da poupança, não foram alteradas as taxas de juros dos financiamentos habitacionais contratados com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida ou do FGTS.

Simulação

Veja quanto o consumidor pagará a mais em um imóvel financiado por R$ 200 mil e não é cliente do banco:

Taxa: de 9,15% 
Parcelas: 240 (20 anos)
Valor da parcela: R$ 2.358,33, 
Valor total: R$ 366 mil

Taxa: de 9,15% 
Parcelas: 240 (20 anos)
Valor da parcela: R$ 2.408,33, 
Valor total: R$ 378 mil

A diferença entre as parcelas a pagar é de R$ 50. “Qualquer outro tipo de empréstimo para adquirir um bem terá uma taxa de juros acima ao da taxa da inflação projetada para 2015, que é de 8%. Ainda é um bom negócio financiar imóvel”, sentenciou a economista.

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