Economia

Taxa de câmbio está exagerada e gera aumento de custos, diz Grupo Caoa

Segundo o presidente do grupo, o Brasil vendeu há três anos 3,6 milhões de veículos. Neste ano, deve vender 2,6 milhões, o que quer dizer um milhão a menos em dois anos e 700 mil em um ano

Redação Folha Vitória
Sobre o setor automobilístico, Maciel disse que há uma queda dramática de volume  Foto: Divulgação

São Paulo - A taxa de câmbio está muito exagerada, na avaliação do presidente do Grupo Caoa, Antônio Maciel Neto, que participa nesta terça-feira, 15, do 12º Fórum de Economia organizado pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV).

"A taxa de câmbio ajuda nas exportações, mas vai forte na inflação. Eu acho que está muito exagerada. Tem um componente político muito forte, da crise política, e eu estou muito preocupado com o aumento de custos que a taxa de câmbio está provocando", disse Maciel.

De acordo com ele, a preocupação decorre do fato de tudo, desde o pãozinho até o automóvel, conter componentes cotados em dólar. "E a gente não pode brincar com a inflação", disse Maciel, para quem o câmbio tem que flutuar. "O câmbio tem que flutuar e, quanto menos intervenção do governo, melhor para os negócios, porque as empresas se adaptam, fazem seus prognósticos e avançam", disse o presidente do Grupo Caoa.

Setor automobilístico

Sobre o setor automobilístico, Maciel disse que há uma queda dramática de volume e que, agora, terá que ser feito um ajuste para o novo tamanho do mercado. "Estou chegando Congresso da Fenabrave, e o presidente (Alarico Assumpção Jr.) disse que neste ano já foram fechadas 400 lojas e que mais serão fechadas", disse o executivo.

O Brasil, sgundo ele, vendeu há três anos 3,6 milhões de veículos. Neste ano, deve vender 2,6 milhões, o que quer dizer um milhão a menos em dois anos e 700 mil em um ano. "Só que a perspectiva é a seguinte: com 2,6 milhões de unidades vendidas, o Brasil tem ainda a sétima maior indústria automobilística do mundo. Com as 3,6 milhões (de unidades vendidas) de três anos atrás, éramos a quarta maior do mundo", afirmou.

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