Economia

Cresce adesão de bancários à greve no Estado e Febraban diz que não faltará dinheiro em caixas

Na Grande Vitória, as 39 agências da Caixa Econômica, 57 do Banestes, o prédio do Bandes, do Banco do Brasil da Pio XII, estão fechados, são 291 agências paradas

Greve atinge 291 agências em todo o Estado Foto: Divulgação

A greve dos bancários não deve prejudicar o funcionamento dos caixas eletrônicos, já que as máquinas são alimentadas por sistemas eletrônicos. Segundo a Federação Brasileira de Bancos  (Febraban) os bancos dispõem de um sistema que detecta quando há falta de numerário nos terminais de autoatendimento. Neste caso, a instituição financeira aciona a transportadora de valores para fazer o reabastecimento das cédulas. 

Para atender a população além dos terminais de auto-atendimentos, as pessoas podem procurar caixas eletrônicos de aeroportos, rodoviárias, supermercados, shoppings para realizar as transações bancárias e sacar dinheiro. Outra solução é buscar, caixas lotéricas, Correios, redes de supermercado e estabelecimentos credenciados, há um limite de valor de R$ 1 mil por dia, ou até três saques que dêem esse total.

No terceiro dia de greve da categoria o número de agências fechadas subiu para 291. Em todo Brasil, já são 8.763 unidades paralisadas, incluindo os centros administrativos, o que representa um aumento de 40% em relação ao primeiro dia do movimento.

Na Grande Vitória, as 39 agências da Caixa Econômica, 57 do Banestes, o prédio do Bandes, do Banco do Brasil da Pio XII, o Centro de Processamento de Dados do Banestes e nove departamentos da Caixa permanecem fechados. Já o número de unidades de bancos privados paralisadas subiu para 38 na Grande Vitória, sendo 10 do Santander, 12 do Itaú, quatro do HSBC, 11 do Bradesco e uma do banco Safra. No Banco do Brasil, o número também cresceu para 38 agências fechadas na região metropolitana.

No interior, a greve dos bancários também ganha força. Já são 119 unidades bancárias com funcionamento paralisado: 50 do Banco do Brasil, 36 da Caixa, 21 do Banestes, uma do Santander, cinco do Itaú, uma do HSBC, quatro do Bradesco “A cada dia, mais bancários aderem ao movimento grevista. Além das péssimas condições de trabalho, os banqueiros e o governo querem impor à categoria um arrocho salarial. Não vamos aceitar retrocesso e permaneceremos em greve na luta por nossos direitos”, destaca o coordenador geral do Sindibancários/ES, Jessé Alvarenga.

Os bancários entraram em greve no último dia 06 após cinco rodadas de negociação com os bancos. Apesar dos altos lucros, a direção dos bancos privados e públicos negaram as reivindicações da categoria referentes à garantia de melhores condições de trabalho e ofereceram reajuste salarial abaixo da inflação, de apenas 5,5%.

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