Economia

Entrada de dólares supera saída em US$ 11,750 bi no ano até 27 de novembro

No acumulado de 2015, houve saídas líquidas de US$ 5,762 bilhões da área financeira, que reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira

Redação Folha Vitória
No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 17,512 bilhões no período em questão Foto: Divulgação

Brasília - O fluxo cambial subiu de US$ 9,257 bilhões no acumulado do ano até o dia 13 de novembro para US$ 11,750 bilhões em 2015 até o último dia 27, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 2, pelo Banco Central. No mesmo período de 2014, o fluxo cambial estava positivo em US$ 3,698 bilhões.

No acumulado de 2015, houve saídas líquidas de US$ 5,762 bilhões da área financeira, que reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. Neste segmento foram registrados ingressos de US$ 470,487 bilhões e envios de US$ 476,249 bilhões no período.

No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 17,512 bilhões no período em questão, com importações de US$ 144,364 bilhões e exportações de US$ 161,875 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 31,845 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 38,877 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 91,154 bilhões em outras operações.

Novembro

Após ter registrado um saldo negativo de US$ 3,5 bilhões em outubro, o fluxo cambial praticamente fechado de novembro - até o dia 27 - teve entradas líquidas US$ 4,085 bilhões maiores do que as saídas do período. A informação foi divulgada há pouco pelo Banco Central.

O ingresso de dólares pelo canal financeiro foi de US$ 3,744 bilhões em praticamente todo o mês, resultado de entradas no valor de US$ 35,129 bilhões e de envios no total de US$ 31,385 bilhões. Ao longo de todo o ano passado, a área financeira foi a principal porta de saída de recursos do País, somando US$ 13,4 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 341 milhões em novembro até o dia 27, com importações de US$ 10,357 bilhões e exportações de US$ 10,697 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,096 bilhões em ACC, US$ 2,826 bilhões em PA e US$ 5,776 bilhões em outras entradas.

Semana

O fluxo cambial da semana de 23 a 27 de novembro ficou positivo em US$ 1,466 bilhão, conforme divulgou há pouco o Banco Central. O ingresso de dólares pelo canal financeiro foi de US$ 675 milhões na semana, resultado de entradas no valor de US$ 12,111 bilhões e de envios no total de US$ 11,436 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 791 milhões de 23 a 27 de novembro, com importações de US$ 3,198 bilhões e exportações de US$ 3,990 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 1,055 bilhão em ACC, US$ 972 milhões em PA e US$ 1,963 bilhão em outras entradas.

Swap cambial

Após registrar lucro de R$ 19,030 bilhões com operações de swap cambial em outubro, pelo resultado caixa, o Banco Central teve ganhos de R$ 15,549 bilhões com os leilões em novembro até o dia 27. Pelo resultado competência, o BC encampou R$ 11,904 bilhões. No ano até o dia 27 deste mês, a instituição ainda tem perdas com essas operações, no total de R$ 78,286 bilhões pelo resultado caixa e de R$ 87,458 bilhões pelo competência.

Em setembro, as perdas somaram R$ 38,6 bilhões (resultado caixa), o maior volume mensal de prejuízo da instituição com esse tipo de operação desde que começou a usar a ferramenta, em 2002. Em setembro, o dólar havia registrado alta de 9,39% e, em outubro, teve baixa de 2,25%. Em novembro, a alta foi de 0,61%. O resultado das operações de swap por competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

Ao longo de 2014, o BC teve perdas de R$ 17,329 bilhões com a oferta desse hedge ao mercado. Em 2013, o BC acabou registrando prejuízo com os leilões de swap da ordem de R$ 1,315 bilhão. Já em 2012, entraram para o caixa da autarquia R$ 1,098 bilhão.

Reservas

Em contrapartida a esse lucro, o BC obteve uma perda de rentabilidade com a administração das reservas internacionais de R$ 51,862 bilhões em novembro até o dia 27. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros. No ano, o lucro da instituição com as reservas caiu para R$ 385,040 bilhões. O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 52,884 bilhões no mês até o dia 27. No ano, o saldo segue positivo em R$ 225,763 bilhões.

Com isso, para o BC, o resultado das operações cambiais voltou a ficar no vermelho em R$ 40,980 bilhões no período em questão. Em outubro, as perdas somaram R$ 30,437 bilhões. Em setembro, havia ficado no azul em R$ 66,595 bilhões.

No ano, essa soma está positiva em R$ 138,305 bilhões. O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, a autarquia não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

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