Economia

Que tal ganhar em dólar para sair da crise? Veja como tirar o visto para trabalhar no exterior

O movimento de imigração é nacional. Os brasileiros têm se mostrado cada vez mais interessados em imigrar para os Estados Unidos e outros países em busca de oportunidades

Em época de crise econômica e de moeda nacional fraca, uma alternativa para sair da crise e aumentar o poder de compra é trabalhar no exterior. Com o câmbio desvalorizado, e o dólar ultrapassando a barreira dos R$ 4, capixabas veem no trabalho fora do país, uma chance de acumular capital e sair da crise.

A Times Square é um dos símbolos de NY Foto: Divulgação

O movimento de imigração é uma tendência nacional. Brasileiros têm se mostrado cada vez mais interessados em imigrar para os Estados Unidos, e outros países, em busca de novas oportunidades de trabalho e emprego.

Para quem deseja entrar nos Estados Unidos, um dos destinos mais procurados, é preciso o visto americano, que autoriza o visitante a permanecer por um tempo determinado no país. Cada visto é concedido de acordo com a natureza da viagem e alguns, no caso do Green Card, permitem até mesmo que o visitante viva como um cidadão americano.

O administrador Renato Encarnação mora na Serra e confessa que deixou a crise econômica para segundo plano. Ele e a esposa vão viajar na Austrália para estudar e trabalhar, através da agência IE Intercâmbio. A estadia, prevista para seis meses, custou cerca de R$ 100 mil. Renato conta que o processo de visto é um pouco burocrático.

"Eu já tirei o passaporte, mas o visto precisa ser tirado só três meses antes da viagem. Também preciso fazer exames de urina e sangue lá no Rio de Janeiro. Mas tudo vale a pena. Quero me especializar na minha profissão e conhecer uma nova cultura", conta o administrador que vai pedir licença do trabalho para poder viajar.

No caso dos Estados Unidos, o tipo de visto mais solicitado é o visto de turista, que permite ao visitante conhecer o país em uma viagem de férias, por exemplo. Mas, para quem deseja morar na terra do Tio Sam, outros tipos de visto também podem ser solicitados.

Sede da Polícia Federal em Vila Velha Foto: Everton Nunes

Passaporte: a emissão do passaporte pode ser considerada a parte menos complicada. Primeiro, deve-se acessar o endereço eletrônico da Polícia Federal e clicar na opção "emissão de passaportes". Basta preencher os dados pessoais e uma data é marcada para comparecimento em uma superintendência da PF para registrar as digitais e tirar fotos. Em seguida, é preciso pagar a taxa de R$ 257,25 e voltar para a sede da PF para pegar o documento. Todo o processo, porém, pode levar algumas semanas.

Visto: para o visto, também é necessário preencher os dados primeiro pela internet. Basta entrar no site do Consulado dos Estados Unidos no Brasil, preencher com dados pessoais e marcar uma entrevista. Para os capixabas, a alternativa mais próxima para entrevista é no Rio de Janeiro. Atualmente, o tempo de espera para a entrevista é de sete dias úteis. Cada solicitação de visto de turismo custa US$ 160, o equivalente a R$ 667.

 

Embaixada dos Estados Unidos da América Foto: Divulgação

Vistos de trabalho: se você tem um amigo ou conhecido que trabalha nos Estados Unidos legalmente pode pedir que o seu contato negocie com o empregador a possibilidade dele te contratar também. Assim, você poderá ir com visto de trabalho para os Estados Unidos. A solicitação deve ser feita enquanto ainda estiver no Brasil e deve ser aprovada pela imigração.

Vistos para profissionais que se destacam em sua área: os EUA importam mão de obra qualificada ou com habilidade extraordinária (visto O ou P) para área de Ciências, Artes, Educação, Negócios ou Atletismo. Para esse visto é necessário ter um empregador como patrocinador (chamado de “sponsor”). “Os vistos de trabalho têm validade de 1 a 3 anos em média, mas é possível que seja pedida uma extensão caso o empregador queira continuar com o empregado”, explica a advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini.

Visto para áreas específicas: segundo a advogada, há a possibilidade de adquirir um visto de trabalho chamado de B1 e que é específico para visitantes de negócios, turismo ou empregados domésticos.

Há também as opções dos vistos F-1 (estudantes acadêmicos e vocacionais) e visto H2B (trabalho temporário feito por agências que oferecem oportunidades em cruzeiros da Disney, hotéis, etc) ou o visto J1, que é para trainees ou programas de “aupair” (babá).

Fonte: Ingrid Baracchini, advogada especialista em imigração.

Espera: o tempo de espera entre a solicitação do visto e a entrevista é de dois a três dias úteis. A maior parte de quem quer tirar o visto, gasta menos de uma hora no consulado. Para o Rio de Janeiro, destino mais próximo do Espírito Santo para marcar uma entrevista, a espera é, em média, de sete dias úteis.

Quase tudo em português: as instruções, as questões do formulário DS-160 e as entrevistas de turismo estão disponíveis em português. Já o preenchimento do formulário deve ser feito em inglês.

Isenção de entrevista: solicitantes que tenham menos de 16 anos, mais de 66 anos, ou que tenham visto americano expirado há menos de quatro anos geralmente não precisam fazer entrevista.

Taxa: cada solicitação de visto de turismo custa US$ 160, o equivalente a R$ 667, incluindo a entrevista e a entrega do passaporte. É possível pagar com cartão de crédito ou por transferência bancária.

Número de concessões: segundo o Consulado, mais de 96% dos solicitantes brasileiros têm seu visto concedido.

Fonte: Consulado dos Estados Unidos da América no Brasil

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