Economia

Espírito Santo é citado como exemplo de gestão em programa nacional

A declaração foi dada pelo economista Marcos Lisboa durante o programa de entrevista Roda Viva, exibido na segunda-feira feira pela TV Cultura

Foto: ​Reprodução/TV Cultura

O Espírito Santo foi citado como um bom exemplo de superação da crise na noite dessa segunda-feira (28) durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. Durante a atração, que debateu o agravamento da crise econômica brasileira em razão do impasse na política, o economista Marcos Lisboa foi questionado pelo apresentador Augusto Nunes se os problemas da crise econômica no Brasil são, de fato, apenas externos.

"O Brasil estaria crescendo entre 1,5% e 2% se fossem só problemas externos. De 2% pra -4% aí a responsabilidade é inteiramente nossa", comentou o economista. Para complementar, afirmou que no Brasil há um bom exemplo de enfrentamento à crise. 

"O Espírito Santo sofreu com queda do preço do petróleo, do preço das commodities, sofre com a crise do país da mesma maneira que o Rio de Janeiro, mas não enfrenta os problemas que o Rio de Janeiro enfrenta porque desde o começo do mandato o governador Paulo Hartung assumiu os problemas de frente, foi claro e transparente, e a secretária da Fazenda ajudou a liderar o processo de ajuste. O Espírito Santo está com as contas em dia", afirmou.

Lisboa ainda acrescentou que enfrentar a crise e suas consequências de frente é o melhor a se fazer e não executar uma política oportunista de adiar os problemas, fingir que eles não existem, e deixá-los para o futuro.

O ajuste fiscal no Estado contou com dois instrumentos principais: a revisão do orçamento de 2015 e o decreto de contenção de gastos. A revisão do orçamento de 2015 foi fundamental. Nas receitas administradas pelo Estado, receitas correntes e receita de Caixa, o desvio em relação ao orçado foi de 1%. Nas receitas de impostos e taxas, foi de apenas 2%.

A redução e o controle dos gastos públicos, previstos em decreto no início de 2015, também foram responsáveis pelos resultados do ajuste fiscal do Espírito Santo. Além de cumprir a meta estabelecida de R$ 200 milhões, ainda foi possível preservar as políticas sociais do governo.

Outro fator importante foi o fato do Estado não aumentar impostos, o que evitou a transferência de mais custos à população. Na dívida ativa, foi possível recuperar R$ 486 milhões com o Refis. O resultado obtido com essas receitas próprias do Estado compensou a queda nas transferências vindas da União, especialmente a perda de R$ 416 milhões nas rendas do petróleo.

“Aumentamos a Receita por meio de ações que buscaram reforçar o caixa sem repassar os custos do ajuste fiscal para os capixabas. Revisamos e realinhamos benefícios, na busca de maior equidade e eficiência na tributação. Esse é um equilíbrio tênue, entre eficiência e justiça tributária, mas que foi bem-sucedido em 2015,” destaca a secretária de Estado da Fazenda, Ana Paula Vescovi.

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