“Mais água no feijão”: preço dispara e saco de 5kg chega a quase R$ 60 no Estado
O preço da saca de feijão subiu 221%, de janeiro a maio de 2016. Uma foto de um supermercado do Espírito Santo mostra cinco quilos de feijão sendo vendido a R$ 59,40
O feijão foi um dos alimentos da cesta básica que registrou a maior alta em todo o Brasil. No Espírito Santo, o aumento do alimento chama a atenção. Em um supermercado de Montanha, no Norte do Estado, um pacote de cinco quilos de feijão é vendido a R$ 59,40.
De acordo com a Associação Brasileira de Feijão e Pulses (Ibrafe), o preço da saca de feijão, com 60 quilos, teve aumento superior a 220%, de janeiro a maio de 2016. Já segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a valorização do feijão carioca foi de 44% e do preto 13% nos últimos 12 meses.
“Aqui em Montanha os preços são sempre mais altos do que em outros lugares do Estado, mas aqui os preços subiram de uma hora para outra. Achei um absurdo. Olhando pelo lado positivo, pelo menos ganhamos um motivo a mais para comer saladas e alimentos mais saudáveis”, conta a dona de casa Adriana Soares.
Para a nutricionista capixaba Bianca Cangini, há alternativas de alimentos que substituem o feijão nas refeições. “O feijão faz parte da família das leguminosas, então a pessoa pode substitutir o alimento por outros mais baratos da mesma família, como a vagem, lentilha, soja, grão de bico. Esses alimentos possuem praticamente o mesmo valor nutricional do que o feijão”, diz.
Outros alimentos também influenciaram a alta da cesta básica, o que puxa a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Outros produtos que tiveram alta no Espírito Santo foram o tomate, com alta de 9,62%, manteiga, alta de 9,78%, e o leite, 4,10%.
