Economia

Petrobras vai investir R$ 5 bilhões no Estado

O governo pede que sejam avaliadas ou revertidas desativações de atividades de logística e negócios, e que seja retomado o projeto do Polo gás-químico, em Linhare

o presidente da Petrobras está buscando uma data para vir ao Estado detalhar o plano de investimentos da empresa.Após participar de encontro com o presidente da Petrobras, Pedro Pullen Parente, na noite desta segunda-feira (22), o governador Paulo Hartung revelou que a Petrobras vai investir R$ 5 bilhões no Espírito Santo até 2019. De acordo com o governador, o presidente da estatal deve anunciar projetos de gás, petróleo e tecnologia. A reunião foi realizada na sede da petrolífera, em São Paulo, e contou com a presença do senador Ricardo Ferraço.

De acordo com o governador, o presidente da Petrobras está buscando uma data para vir ao Estado detalhar o plano de investimentos da empresa. Foto: Divulgação/Governo

Paulo Hartung explica que o presidente da Petrobras está buscando uma data para vir ao Estado detalhar o plano de investimentos da empresa. “Podemos adiantar que são investimentos em áreas de exploração e produção de petróleo, além de ciências e tecnologia", comentou o governador.

Hartung aproveitou o encontro e apresentou um documento com alguns questionamentos sobre a atuação da petrolífera no Estado. Na pauta constam debates de contratos que têm trazido desvantagens aos capixabas, além de investimentos anunciados e não consolidados. No documento, o governo capixaba pede que a parceria firmada com a BR Distribuidora para criação de uma companhia estadual de gás seja agilizada para que uma licitação possa ser desenvolvida.

O governo também reivindica investimentos que a estatal deixou de realizar. Pede que sejam avaliadas ou revertidas desativações de atividades de logística e negócios, e que seja retomado o projeto do Polo gás-químico, em Linhares, cuja área já foi desapropriada e custou R$ 10 milhões aos cofres públicos. A intenção é o Estado ganhar competitividade e movimentar a economia com a geração de novos empregos e renda. 

 Também foi solicitado avaliação e revisão do pagamento das participações especiais e dos royalties que apresentam reduções sistemática dos valores recolhidos, mesmo com a produção e preços estáveis, por meio de mecanismos de aumento de despesas dedutíveis como afretamento marítimo. Somente em julho, houve redução no recolhimento em R$ 30 milhões. O Estado quer que os critérios já consolidados na apuração dos valores sejam mantidos. Outro pleito está relacionado ao preço do gás. O Espírito Santo vende gás para outros estados a preços menores do que compra, causando prejuízos de R$ 40 milhões.

“Apresentamos nossos pleitos que agora serão discutidos tecnicamente em um grupo de trabalho formado por especialistas e que terá a participação do diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro”, ponderou Hartung. 

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