Economia

Queda do dólar ajuda deflação no IPP em julho, diz IBGE

O IBGE calcula uma queda acumulada de 15,4% no dólar em relação ao real no ano de 2016. Várias atividades industriais pesquisadas têm influência direta ou indireta do câmbio

Redação Folha Vitória
O recuo no dólar ante o real tem ajudado a manter o Índice de Preços ao Produtor (IPP) em terreno negativo Foto: Divulgação

Rio - O recuo no dólar ante o real tem ajudado a manter o Índice de Preços ao Produtor (IPP) em terreno negativo. O IPP recuou 0,56% em julho. No ano, o indicador que mede a variação de preços dos produtos na porta de fábrica acumula uma redução de 0,67%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 1º de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O dólar recuou 4,4% só em julho", lembrou Manuel Campos Souza Neto, gerente do IPP no IBGE.

O IBGE calcula uma queda acumulada de 15,4% no dólar em relação ao real no ano de 2016. Segundo Souza Neto, várias atividades industriais pesquisadas têm influência direta ou indireta do câmbio.

"O impacto (do câmbio) é constante. A atividade extrativa é (regulada pelo) mercado internacional, mas sofre influência do dólar. Couro, Madeira, Informática tem componentes importados, Papel e celulose, Outros veículos de transporte têm muita influência do dólar, Fumo", enumerou o gerente da pesquisa.

Souza Neto lembra que dois terços das atividades econômicas registraram queda nos preços em julho. "Então é (redução) generalizada", disse ele.

Embora ainda esteja positiva, a taxa do IPP acumulada em 12 meses, que ficou em 4,30% em julho, alcançou o menor patamar desde março de 2015, quando estava em 3,15%.

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