Economia

Bandes divulga balanço anual com lucro de R$ 2,5 milhões

O resultado anunciado nesta segunda-feira foi surpreendente, visto que a previsão inicial da instituição era fechar o ano com um prejuízo de R$ 11 milhões

Presidente do Bandes esteve na Assembleia nesta segunda-feira (27) para apresentar o balanço de 2016. (Foto: ​Tati Beling - Divulgação/Assembleia)

Em audiência-pública realizada na tarde desta segunda-feira (27) na Assembleia Legislativa, o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Aroldo Natal Silva Filho, anunciou que o banco fechou o ano de 2016 com lucro de R$ 2,5 milhões.

O resultado anunciado foi surpreendente, visto que a previsão inicial da instituição era fechar o ano com um prejuízo de R$ 11 milhões. Dentre os fatores que apontavam para esses números estavam a crise econômica e a crise hídrica.

A revisão em contratos firmados com produtores rurais capixabas e a renegociação das parcelas de empréstimos que venceriam durante o ano passado, através da Resolução 4522/16, foram determinantes para que R$ 8 milhões em recursos voltassem para a instituição. 

“Precisamos fazer uma força-tarefa junto ao governo federal para que a gente possa reeditar a resolução 4522, porque nós ainda sofremos com a crise hídrica e nós precisamos dar suporte aos nossos produtores, para que a gente possa renegociar também as parcelas que vão vencer em 2017”, disse. 

Cerca de 70% das operações do Bandes estão concentradas no crédito rural e, por isso, segundo o presidente da instituição, a crise hídrica tem forte impacto nos resultados do banco.

Resultados 

O lucro do Bandes ao final de 2016 foi de R$ 2,5 milhões. Houve um aumento de 46,5% no número de operações aprovadas e de 54,8% no valor das operações de 2015 para 2016. Na prática, a instituição passou de 2.100 contratos feitos em 2015 para 3.082, em 2016, com o crescimento no investimento de R$ 110 milhões para R$ 170 milhões.

Houve aumento de 1000% no número de contratos com a indústria, 72% na área de serviços, 62% no comércio, 48% no setor público e 43% no setor rural. Mas o crédito rural continuou sendo a principal atividade da instituição, com o aporte de R$ 110 milhões dos R$ 170 milhões investidos em 2016. 

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