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Samba, rock, funk ou jazz: banda Cinco Nós leva mistura de ritmos para o Shopping Vitória

Vencedora de vários festivais e prêmios, a banda Cinco Nós vai mostrar sua musiqualidade neste sábado (23), a partir das 18h30, no Shopping Vitória Music Lounge by Jovem Pan

A banda 'Cinco Nós' vai mostrar sua musiqualidade neste sábado  Foto: Ueliton Santos/Reprodução/Site

A mistura de todos os gêneros e gostos é a proposta da banda Cinco Nós. Sem preconceito e preferência de gênero musical, os artistas capixabas misturam influências sonoras para produzir suas canções, o que eles chamam de 'musiqualidade'.

Vencedora de vários festivais e prêmios, um deles rendeu o título de melhor intérprete ao vocalista Nano Viana. A banda 'Cinco Nós' vai mostrar sua "musiqualidade", neste sábado (23), a partir das 18h30, no Shopping Vitória Music Lounge by Jovem Pan. O atleta Rogério Minotouro também vai marcar presença no evento e participará de uma tarde de autógrafos com os fãs, das 17 às 19 horas.

Dez bandas vão passar pelo palco do SV Music Lounge. Veja a programação completa e participe!

Para o jornal online Folha Vitória, Nano Viana explicou que o reconhecimento é fruto de muito empenho. Confira a entrevista:

O que seria a 'musiqualidade'?

Na época do disco a gente não tinha um nome e nós também não tínhamos uma classificação para o tipo de música que fazíamos. Todas as influências 'rolavam'. O nosso som era uma mescla dessas qualidades musicais, que recebe o nome de musiqualidade. Criou um frissom depois porque muitas pessoas acharam prepotente e entenderam que só nossa música era de qualidade. Mas essa não foi nossa ideia, só tentamos definir o que fazíamos.

Como começou a trajetória da Cinco Nós?

Começou há dez anos, depois que eu e o Renato nos encontramos no show da Tammy. Sou do Rio de Janeiro, mas morava há três anos aqui. Dei uma 'canja' no show dela e a gente pensou em montar uma banda. Fizemos a primeira formação e de lá para cá, a banda passou por vários baixistas. O Victor está há seis anos, o saxofonista ficou praticamente dez anos, mas saiu no fim do ano passado. A banda agora, apesar de ser cinco nós, são quatro integrantes. 

Quais são os projetos para o futuro?

Esse ano vamos lançar o disco no Teatro da UFES, dia 26  de maio, às 20 horas. Fomos a única banda classificada para participar do Dia da Música, festival da França, e vamos tocar na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Temos shows marcados para São Paulo e vamos divulgar os shows referentes ao lançamento do disco "3 x quatro".

Qual a importância da música em sua vida?

Ela é tudo para mim. Hoje em dia consigo me sustentar só dela. O que é, infelizmente no nosso país, uma vitória que poucos conseguem. Muitos músicos, inclusive amigos meus e integrantes da banda, precisam de uma segunda profissão. A arte, infelizmente no Brasil, não é tão valorizada.

Você acredita que os reality shows musicais ajudam os artistas?

Acho de extrema importância, apesar de não concordar em colocar música como competição. Porque nós não temos a capacidade de dizer que Maria Bethania é melhor que Rihanna e que Michael Jackson é mais genial que Chico Buarque. Infelizmente, esse programas estão voltados para mídias e tocam músicas para mídia. No ano passado, fomos chamados para o 'Superstar', fizemos audição com Macucos e Lion Jump lá em Maruípe. Nós não passamos e acho que a bandas que entraram representaram muito bem o Espírito Santo. 

Qual sua opinião sobre a divulgação musical no Espírito Santo?

Eu particularmente estou no meio e sou amigo de muita gente e vejo uma divulgação muito boa sendo feita. Nós temos o SILVA que é um artista de grande ponta. Os artistas novos estão sendo bem divulgados. No meio da mídia digital existe uma divulgação muito forte, a gente está bem presente e isso é muito importante para o artista.

Em contrapartida, ainda vejo um comodismo do pessoal de levantar, fazer dobradinha, correr atrás. A nossa classe artística não é unida porque talvez isso é coisa do artista, que tem aquela coisa de ‘não vou compor hoje, deixa para amanhã’ e isso repercute na própria vida. Ainda existe um comodismo muito forte do artista. Fiz cursos pela internet com alguns produtores, inclusive com um produtor do Raimundos. Paguei os 90 reais e fiz os dez módulos, que ele falou sobre gestão cultural, de marketing, carreira. E uma das coisas que ele disse foi ‘cara, você tem que acreditar no seu potencial e deve divulgar, fazer um ou três posts por dia’. Você tem que forçar o público a entender que aquela marca é sua. Às vezes entro numa página de um amigo e a última publicação foi há 15 dias.

Nós temos programas ótimos que fazem a divulgação, programas e mídias que sempre acompanho e vejo divulgação quando há material novo. A gente está num momento de tanta informação que às vezes passa desapercebido. As mídias pagas estão ficando cada vez mais caras.

O que achou dessa ação promovida pelo Shopping Vitória e Jovem Pan?

Achei sensacional. Foi bacana a atitude do Serjão [diretor artístico]. Achei ótimo e espero que isso tenha vida longa, que o projeto fique maior e que façam os artistas produzirem cada vez mais. A Jovem Pan dá oportunidade para o artista aqui.

O que vai ter no repertório?

Vai ser basicamente do disco novo, com músicas novas. Claro que vamos trazer coisas do disco anterior. Gostamos de fazer homenagem a um ou dois artistas. Vamos trazer a homenagem, mas ainda é surpresa. Faremos outras releituras também. No futuro, temos ideia de fazer um show/disco só de releituras. De repente você vai ouvir Martinho da Vila só que não em samba, em outra versão.

Mande um recado para o público que vai te assistir.

“Alô galera do Folha Vitória e fãs da Cinco Nós! Estamos aqui para convidar vocês para o super show em parceria com Jovem Pan e Shopping Vitória, às 18h30. O show vai ser acústico, já com sabor de pré-lançamento para o lançamento que acontece no dia 26, no teatro da UFES".

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