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Valentina, do MasterChef Júnior, volta a ser alvo de pedofilia nas redes sociais

A revolta tomou conta das redes sociais e o coletivo feminista Think Olga lançou a #MeuPrimeiroAssédio, que incentivou mulheres a revelarem abusos e qualquer tipo de violência que sofreram

Valentina voltou a ser alvo de comentários pedófilos nas redes sociais Foto: Reprodução Facebook

Valentina Schulz, participante do MasterChef Júnior, voltou a ser alvo de ataques pedófilos nas redes sociais. Um homem identificado como Victor Henrique Gonçalves publicou comentários de cunho sexual no perfil oficial da menina de 13 anos no Facebook.

"Olha, os peitos já estão grandinhos, hein! Você está crescendo. Lindona!", escreveu. "Qual é a tua idade, lindinha?".

Os comentários de Victor geraram revolta em outros seguidores de Valentina, que o denunciaram no Facebook — o perfil dele, inclusive, está desativado no momento. Após a repercussão, as frases também foram apagadas da foto.

"Linda princesa. Deus te guarde e te livre dos homens maus!", publicou uma seguidora de Valentina após o novo ataque.

Esta não é a primeira vez que Valentina foi alvo de comentários pedófilos. Na estreia do MasterChef Júnior (Band) em outubro de 2015, a beleza da menina chamou atenção e ela virou alvo de assédio sexual virtual.

A revolta tomou conta das redes sociais e o coletivo feminista Think Olga lançou a #MeuPrimeiroAssédio, que incentivou mulheres a revelarem abusos e qualquer tipo de violência que sofreram.

Famosas como Letícia Sabatella e Raquel Ripani falaram abertamente sobre casos de assédio, assim como a própria jurada do MasterChef Júnior, Paola Carosella.

Nesta semana, a mãe de Valentina falou pela primeira vez sobre o assédio sexual que a filha sofreu. Numa carta publicada no Meio & Mensagem, a publicitária Daniela Schmitz diz que é muito difícil tocar no assunto.

Leia um trecho abaixo

"Muitos dirão, são doentes, são pedófilos. Discordo, senhores. A maior parte deles são simplesmente rapazes que desde sempre foram impactados por imagens e mensagens nas quais as mulheres ou pedaços delas eram tratadas como objetos sexuais. Imagens e mensagens contidas nos anúncios, nos filmes e outdoors que os leitores deste jornal criaram, aprovaram e veicularam. E assim, cresceram, crescemos… ajudando através da publicidade a construir a cultura do estupro. Eu não ia falar sobre isso, porque é muito dolorido ver a tua própria família se tornar vítima de uma cultura que de alguma forma direta ou indiretamente você ajudou a construir. E ainda ver, supostos influenciadores, cobras que ajudamos a criar, ironizando o caso e desmerecendo a importância da discussão que se deflagrou a partir dele com a campanha #meuprimeiroassedio".

Com informações do Portal R7.

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