Ele quebrou um tabu de mais de 30 anos e surpreendeu o mundo nesta segunda-feira (16) ao vencer a Maratona de Boston, uma das mais tradicionais disputa de 42km do planeta. O japonês Yuki Kawauchi, que tem o hábito de correr vestido de urso panda, largou mão da fantasia e foi como corredor “normal” que cruzou a linha de chegada com o tempo de 2h15min58. (Foto destaque: Photorun.net)
Yuki se tornou o primeiro japonês a vencer em Boston desde 1987, quando Seko Toshihiko subiu no degrau mais alto do pódio. O segundo lugar ficou com o queniano Geoffrey Kirui (2h18min23) e o norte-americano Shadrack Biwott (2h18min35) completou o pódio.
A prova foi realizada sob fortes ventos, frio e muita chuva. Foi a primeira vitória de Kawauchi, de 31 anos, em uma maratona. Para ele, a primeira colocação veio justamente graças mau tempo. “Foram as melhores condições possíveis para correr”, comentou logo após completar a prova.
Além de vencer a competição, o atleta, considerado amador, bateu o recorde de homem que mais vezes correu uma maratona abaixo de 2h20min, tempo que separa a elite dos demais corredores. Ao todo, ele já concluiu 80 maratonas, sendo 79 abaixo do tempo de 2h20. A marca do japonês foi reconhecida pelo Guinness Book em março.
Com a vitória em Boston, Yuki Kawauchi, que é professor de uma escola japonesa e só treina nas “horas vagas”, ganhou uma premiação equivalente a R$ 511 mil.
Feminino – A norte-americana Desiree Linden também quebrou um tabu que durava mais de 30 anos. Linden também se aproveitou das péssimas condições climáticas, que prejudicaram os corredores africanos, e venceu com o tempo de 2h39min54. Havia 32 anos que uma corredora norte-americana não ganhava a prova. A última atleta do país a vencer em Boston foi Lisa Larsen, em 1985. “Não tenho palavras para expressar o que sinto. Devo tudo ao trabalho dos meus treinadores”, afirmou Linden.
A também norte-americana terminou em segundo lugar com o tempo de 2h44min05 e a canadense Krista Duchene ficou com o terceiro lugar ao completar a prova em 2h44min20. A queniana Edna Kiplagat, que tentava o bicampeonato consecutivo, terminou em oitavo lugar.
Ainda bem que vcs escreveram, eu não ia notar nunca que era um humano de tão perfeita que ta a fantasia