Quer correr fantasiado? Confira dicas do ‘expert’ para distribuir alegria e irreverência na Dez Milhas Garoto!

A Dez Milhas Garoto é a maior confraternização de corrida no Espírito Santo. E os corredores fantasiados são uma atração à parte! Pensando naqueles que querem “liberar as suas fantasias” na prova, o Blog Corrida de Rua foi buscar dicas com Martonni Bomfim, o Rei das Fantasias!

Ele tem no “currículo de corredor fantasiado” nada mais, nada menos do que mais de 20 provas! O baiano, que mora no Espírito Santo há nove anos, revela que começou a correr para perder peso. “Estava com 20 quilos acima do meu peso e foi a opção que encontrei para emagrecer”, conta.

Depois de participar de algumas provas à paisana, foi em 2012, durante a então ‘Corrida Pela Vida’, em Vila Velha, que ele começou a incorporar os personagens e perceber que tinha o dom de transmitir alegria e arrancar sorrisos dos corredores. “Minha primeira fantasia foi de ‘Fred Mercury Prateado’, personagem do Programa Pânico que fazia muito sucesso na época. Foi muito divertido e eu comecei a perceber o quanto era prazeroso, pois levava alegria para as pessoas. Eu sempre gostei de fazer as pessoas rirem, seja fazendo piada, entre os meus familiares ou no ambiente de trabalho”, revela.

mona-criseDesde então, ele já se vestiu dos mais diversos personagens, entre eles: Elvis Presley, Sílvio Santos, Papa Francisco, Minnie, Zorro, Super Mario e Penélope Charmosa. Em 2015, durante a 26ª edição da Dez Milhas Garoto, ele usou o figurino “Mona Crise”. A Gioconda, interpretada pelo corredor, não era nada sorridente. Sofrendo com a crise e com a ausência do “Bolsa-Corrida”, programa social fictício sugerido por corredores que precisam de ajuda para pagar as inscrições das provas, o personagem posava para as fotos “chorando”.

“A MonaCrise (foto), fantasia que usei na Dez Milhas Garoto 2015, foi a de maior repercussão até hoje. Fez muito sucesso! Eu saí pedindo alguns trocados para os corredores e, olha, comprovei que estamos mesmo em crise! Só arrecadei R$ 1,10 em moedas. Quase não deu para pagar o pedágio na volta da corrida”!, brinca Martonni.

Infelizmente, esse ano a Dez Milhas Garoto caiu na mesma data de um compromisso profissional, por isso, Martonni Bomfim, não vai participar dessa edição! Mas ele fez questão de dar as dicas para ser muito bem representado por aqueles que quiserem liberar as suas fantasias e levar alegria e irreverência para a Dez Milhas Garoto no próximo domingo, 02 de setembro!

Em entrevista especial para o blog Corrida de Rua, Martonni  fala um pouquinho sobre a experiência de correr fantasiado!

O que te leva a correr fantasiado?
Bom, nos dois primeiros anos, eu usava fantasias aleatórias sem conexões com a prova ou com o momento social e político do país. Depois passei a escolher as fantasias como forma de protesto, para defender alguma causa ou homenagear alguma entidade.

Como você faz a escolha do personagem?
Eu analiso a quilometragem da prova e penso na mensagem de alegria que quero passar. Na verdade, o processo de escolha funciona como uma terapia para mim. Quando me vesti de Papa Francisco, por exemplo, a escolha foi por dois motivos: era a mesma época em que ele havia assumido o comando da Igreja Católica e a largada da corrida era na Praça do Papa, em Vitória. Eu fiz todo o percurso da corrida ouvindo cantos franciscanos. Quando corri de Zorro, fiquei uma semana assistindo o filme. Ou seja, também tem algo de artístico envolvido.

Depois de correr, você publica as fotos nas redes sociais e dedica a algumas pessoas. O tema da fantasia tem algo a ver com os homenageados?
Eu já escolho a fantasia pensando no homenageado. Hoje as pessoas têm certa dificuldade de elogiar as outras, mesmo aquelas importantes que passam por nossas vidas. É por isso que eu faço questão de homenagear não apenas os meus familiares, mas os amigos mais próximos ou do trabalho. Antes a homenagem era dedicada a uma só pessoa. Hoje eu faço questão de citar também algum grupo ou entidade.

De todas as que você vestiu, qual personagem é o mais parecido com o Martonni?
Eu diria que a Maria Bethânia. Não só porque eu sou baiano e porque eu sei imitá-la. (Martonni imita e canta por telefone: “Quem me chamou… Quem vai querer voltar pro ninho… E redescobrir seu lugar”). Mas porque eu sou muito alegre e feliz e amo alegrar as pessoas. Eu tinha muita vontade de soltar a cabeleira e homenageá-la. Ali, era eu, o Martonni, só que com a peruca bizarra!

Quais as dicas que você dá aos corredores que pretendem correr fantasiados?
É preciso analisar a quilometragem da prova para escolher a roupa e os acessórios. Em provas longas, escolho fantasia mais leves e com cores claras. Quando a corrida é mais curta, de 5km ou 10km, uso as mais elaboradas. É importante ainda levar em consideração também todos os detalhes para não atrapalhar os movimentos. Se possível, faça testes antes em casa, uma simulação dos movimentos dos braços e pernas para verificar se algo pode causar um tropeço. Imagina, cair com a fantasia e se machucar? Por fim, que usem a fantasia em prol de alguma causa ou no intuito de alegrar alguém.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *