Sonho paralímpico: Patrícia e Flávio viajam para buscar índice no Rio

Paratleta e Professor

Nesta terça-feira (19), os paratletas Patrícia Pereira e Flávio Azevedo e o técnico Leonardo Miglinas viajam para o Rio de Janeiro para competir no Open Internacional de Natação Paralímpica, que será disputado no Rio de Janeiro, no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra, de 22 a 24 de abril.

Únicos representantes capixabas, a dupla, que treina no Álvares Cabral, embarca sonhando com vaga na seleção paralímpica. O desafio é grande, já que os melhores atletas do mundo estarão lá, e, para isso, foco, união e treinamento são os ingredientes para conquistar os índices para as Paralimpíadas 2016.

Patrícia Pereira sofreu um assalto e levou um tiro, contraindo uma grave lesão medular. Ela, que era atleta de basquete, não deixou que a lesão a atrapalhasse na sua história de amor com o esporte. Saiu das quadras para as piscinas, e, hoje, já são oito anos de natação, sendo especialista no nado peito e crawl.

“Estamos buscando uma chance, a mínima que seja, por essa vaga. Todo mundo sonha, mas eu não desisto jamais. Eu nem sabia nadar e aprendi tudo aqui. Hoje, acredito que sou capaz e posso chegar lá”, disse Patrícia, que começou a admirar a natação paralímpica através de Clodoaldo Silva, recordista de medalhas paralímpicas.

Treinos puxados

Os treinos estão puxados na luta pela classificação. “Para mim, é uma experiência nova, até porque há adversários de todo o mundo, e entrar naquela piscina olímpica vai me dar um gostinho e a sensação de estar em uma Paralimpíada, que é minha meta. Quero melhorar em cada braçada, e eu me cobro por isso. Tenho sonhos, e isso vem com esforço e dedicação”.

Ela conta que tem uma relação intensa com o técnico Leonardo Miglinas. “Faz diferença estar com um bom profissional para chegar onde eu estou. Eu gosto do que faço, e encarei isso aqui como uma profissão. Não é obstáculo, e sim desafios”.

Leonardo completou: “A relação é de tensão o tempo inteiro. A cobrança é necessária. Ela é uma atleta de alto rendimento que escolheu essa opção, e é cobrada por isso. De vez em quando sai faísca, mas faz parte”.

Oportunidade única

Sobre a competição no Rio e a participação de Patrícia e Flávio, Leonardo avaliou: “É uma competição importante, uma oportunidade única. Talvez seja a competição mais importante do ano antes dos Jogos Paralímpicos. Mandamos inscrição, o Comitê Paralímpico selecionou aqueles que tinham mais chances de medalha e chamou a Patrícia e o Flávio. Se ela cair na classe que a gente espera, ela tem não só chance de ir para os Jogos, mas de ganhar medalha. E o Flávio é uma revelação que apareceu há pouco tempo no circuito e está entre os 10, 15 melhores do mundo e em uma classe competitiva que é a S9”.

A seleção paralímpica será fechada em junho, na primeira etapa do campeonato brasileiro.


 

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