Esportes

Espírito Santo é referência em natação e triathlon

A natação e o triathlon são dois grandes esportes olímpicos e estão ganhando cada vez mais destaque no Espírito Santo.

Rafaeli Coutinho é a promessa da natação capixaba. A atleta é bicampeã sulamericana de clubes escolares e campeã pan-americana. Além disso, ela já conquistou recordes na modalidade. Com 17 anos, essa jovem atleta já trouxe títulos importantes para o Estado. “No ano passado, eu ganhei as olimpíadas escolares e fiquei em terceiro lugar no brasileiro”, disse.

Mesmo com pouca idade, Rafaeli já é referência para os colegas. Todos treinam focados para competições e para conquistar títulos. Para isso, é necessário muita disciplina e força de vontade, pois a rotina de um campeão é bem puxada. “De segunda a sábado, eu treino de 15 às 20h. Faço academia, tudo muito puxado. A gente se esforça”, afirmou.

Para alguns, um dia sem nadar é uma verdadeira eternidade. “A natação é minha vida. Faço natação desde os quatro anos e virou rotina. É uma rotina que, quando falta um dia, já faz muita falta. Fico pensando porque não estou treinando e o motivo pelo qual não estou na água”, disse Alice Effgen.

Com 110 anos de história e tradição, o clube Álvares Cabral, em Vitória, é referência da natação capixaba. Vários atletas consagrados do esporte já passaram pelo clube. “Temos desde a década de 80, Luiza Lofego, Katy Lordes, Thamy Ventorin, João Luiz Gomes, Carolina Bilich... São vários atletas e temos alguns recentes, como a Rafaeli", disse o técnico Ozimar Gomes.

A estrutura do clube para a modalidade conta com quatro piscinas, sendo uma olímpica e uma semi-olímpica. O local tem também uma equipe técnica com profissionais na área da saúde, que faz parte da parceria do Álvares Cabral com o Centro Olímpico do Espírito Santo (COES). “A estrutura do Álvares é a melhor do Estado. Por isso o clube consegue projetar esses atletas a nível nacional”, afirmou o técnico.

Na piscina de 50 metros do Álvares é que os atletas capixabas treinam para um dia chegarem as olimpíadas. Representar o Brasil e carregar o nome do Estado do Espírito Santo é o que esses atletas querem.

Ícones da natação 

Cesar Quintaes, então medico, fez historia na natação capixaba. Sempre foi velocista no esporte. Nadava 50 e 100 metros livres e venceu o primeiro campeonato brasileiro em 1991. Depois conquistou mundiais na Grécia e na Finlândia. Nos jogos panamericanos no Canadá, em 1999, conquistou medalha de ouro. Já nas Olimpíadas de Sidney, levou bronze no revezamento.

Outro ícone dessa geração é o advogado Alan Pessotti, que integrou a delegação brasileira em várias competições internacionais. Nadou pelo Vasco, Flamengo e na Itália. Ele foi recordista sul-americano e primeiro do ranking mundial master em 2006, 2007 e 2008.

Quem também começou a carreira de atleta no Álvares Cabral foi Pâmela Oliveira, top 10 na Copa do Mundo de Triatlon. Ela faz parte da seleção brasileira e tem no currículo participação olímpica entre inúmeros títulos.

E, pelo visto, a natação encaminha bem os triatletas. Quem está nesse caminho é a Lila Tavares. “Esse é o meu diferencial no triatlon, eu treinei muito tempo natação. E, mesmo depois de muito tempo sem nadar, sempre tive o mar muito perto de mim. Quase todos os dias eu ia para o mar dar uma nadada. Então, essa é a minha relação com a natação, eu nado desde os oito anos”, disse.

O  triathlon é uma modalidade esportiva que combina de forma sequencial e sem interrupção provas de natação, ciclismo e corrida. O Espírito Santo está entre os principais palcos das competições do esporte no país. Para as Olimpíadas de 2016, muitos países ficaram de olho no Estado para treinamento e quem saiu na frente foi a Austrália.

“A Austrália tem que vir para o Brasil pelo menos 40 dias antes, devido ao fuso horário. Nós sabemos que no Rio vai ter uma dificuldade maior no ciclismo. Com as universidades dando apoio na área de fisiologia, vai favorecer muito os países que vierem para o Espírito Santo”, finalizou o presidente da Confederação de Triathlon, Carlos Froés. 

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