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Sem encantar, Santos faz 3 a 0 no Mixto e avança na Copa do Brasil

Ainda abalado pela derrota para o Ituano na final do Campeonato Paulista, o Santos voltou à Vila Belmiro na noite desta quarta-feira e produziu o suficiente para se classificar à segunda fase da Copa do Brasil. O time dirigido por Oswaldo de Oliveira não encantou, mas contou com gols do volante Arouca e do atacante Gabriel (dois, um de pênalti) para eliminar o Mixto com uma vitória por 3 a 0.

Pouco criativo no primeiro tempo, assim como havia ocorrido no empate sem gols do jogo de ida (quando utilizou um time considerado reserva), o Santos se soltou um pouco mais no segundo e construiu o resultado positivo contra o fechado Mixto. Na próxima etapa do torneio, enfrentará o vencedor do duelo entre Princesa e Brasiliense.

Antes, entretanto, o Santos irá se preocupar com o início do Campeonato Brasileiro. A estreia será diante do Sport, no domingo, na Vila Belmiro. Já o Mixto não tem mais o que disputar oficialmente até o final da temporada.

O jogo – O Santos parecia ainda abatido pelo vice-campeonato paulista em seu retorno à Vila Belmiro. Sem os atacantes Leandro Damião e Rildo e o meio-campista Cícero, lesionados, o time de Oswaldo de Oliveira foi pouco incisivo nos primeiros minutos de partida com o Mixto.

Quem mais estava disposto no setor ofensivo do Santos era o jovem Gabriel, de volta ao time titular em função dos desfalques. Sempre que podia, o prata da casa girava diante da marcação do Mixto e chutava com força. O goleiro Igor, no entanto, mostrou-se atento para fazer as defesas.

No Mixto, a estratégia foi a mesma do jogo de ida. A equipe visitante se preocupou primeiro em defender. Quando ia à frente, o encarregado da criação era o veterano Ruy Cabeção, que chegou a ser punido com um cartão amarelo pelo excesso de determinação na Vila Belmiro.

No final do primeiro tempo, o Santos aumentou a pressão sobre o Mixto. Os atacantes Geuvânio e Thiago Ribeiro seguiram o exemplo de Gabriel e também passaram a tentar encurtar o caminho para o gol com mais conclusões, porém sem a precisão suficiente para abrir o marcador da partida.

Apesar das dificuldades encontradas pelo Santos, Oswaldo de Oliveira evitou mudar a formação de sua equipe no intervalo. A ordem foi buscar uma maior movimentação para furar o bloqueio do Mixto, que já havia trocado o contundido atacante Fogaça por Ferreira no primeiro tempo.

O Santos, contudo, continuou sem criatividade. Começou a forçar lançamentos longos, depender excessivamente das aparições dos volantes Arouca e Alan Santos e a ver o Mixto mais presente no ataque. Na tentativa de resolver o problema, Oswaldo recorreu a entrada de Lucas Lima no lugar de Diego Cardoso.

A mudança deu resultado. A jogada que culminou no gol santista passou pelos pés de Lucas Lima. Acionado na direita, aos 14 minutos, Cicinho fez o cruzamento que encontrou Arouca na segunda trave. O volante escorou a bola para a rede e comemorou bastante.

Obrigado a sair um pouco mais do campo defensivo, o Mixto procurou se reorganizar com a entrada de Edílson na vaga de Paulo Almeida. O volante foi bastante aplaudido pela torcida do clube pelo qual foi campeão brasileiro de 2002, que teria mais a comemorar nos minutos seguintes.

Aos 20, Thiago Ribeiro caiu dentro da área ao disputar a bola com Ricardo Ehle, e o árbitro Braulio da Silva Machado não hesitou em assinalar o pênalti – apesar das reclamações dos jogadores do Mixto. Gabriel bateu bem, no canto, e ampliou o placar para o Santos.

Com 2 a 0, o Santos finalmente começou a desfrutar de tranquilidade em campo. O Mixto, ao contrário, exaltou-se com protestos contra a arbitragem e faltas mais duras. Com Stéfano Yuri e Alison nas posições de Diego Cardoso e Arouca, o time da casa aproveitou para anotar o terceiro gol. Aos 38 minutos, Gabriel recebeu enfiada de bola de Geuvânio e completou na saída de Igor.

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