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Pistorius é considerado culpado por assassinato da namorada, em 2013

Velocista tem versão questionada pelo tribunal, que o acusa de ter atirado sem a intenção de matar; pena pode ser de até 15 anos

Pistorius foi declarado culpado Foto: Divulgação

O sul-africano Oscar Pistorius foi declarado culpado do assassinato de sua então namorada, a modelo Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013. A juíza do caso considerou provado que o corredor disparou intencionalmente através da porta do banheiro da casa em que moravam, mas sem intenção de matar a pessoa que estava atrás dela.

Com este veredicto, o Tribunal aceitou em parte a versão de Pistorius, que afirmava ter atirado em pânico por achar que se tratava de um ladrão que tinha entrado em sua residência, mas recusou a parte em que disse ter disparado sem querer. Como já tinha afirmado na quinta-feira a magistrada, ele poderia ter pedido ajuda pelo telefone ou saído à rua, mas escolheu pegar sua arma, se aproximar da porta do banheiro e abrir fogo.

Portanto, segundo o veredicto, o atleta agiu de forma "negligente" e "culposa", condições que, segundo a jurisprudência sul-africana, caracterizam o delito de homicídio. A juíza, Thokozile Masipa, insistiu que não cabe condenar o acusado por assassinato, já que não ficou suficientemente provado que sua intenção era a de matar Steenkamp.

Além disso, a conduta que teve após comprovar que era sua namorada que estava atrás da porta, solicitando urgentemente ajuda e chamando a polícia entre lágrimas, é "contraditória" com a de alguém que quis cometer um assassinato.

O atleta agora aguarda a definição da pena, que pode ser no máximo de 15 anos de prisão pelo delito de homicídio.

OUTROS CASOS

A juíza ainda declarou Pistorius culpado de uma acusação de uso negligente de armas de fogo por disparar contra um amigo acidentalmente em um restaurante de Johanesburgo, em janeiro de 2013. Além disso, Masipa absolveu o velocista de outra acusação, de uso temerário de armas em lugares públicos, por disparar para o ar de um conversível em movimento em setembro de 2012 e de posse ilegal de munição.

A magistrada chegou à conclusão que o promotor não pôde contradizer com provas a versão do acusado de que a munição, encontrada em sua casa após a morte de sua namorada, era de seu pai.

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