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Aidar ataca CBF e já reclama de convocação de Ganso

Redação Folha Vitória

São Paulo - O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, voltou a atacar o presidente da CBF, José Maria Marin, nesta terça-feira. Durante evento no Morumbi onde anunciou que a camisa comemorativa à despedida de Rogério Ceni será lançada no dia 18 de novembro e que a partida festiva à aposentadoria do goleiro será apenas em fevereiro, o dirigente reclamou das convocações de atletas para a seleção com o Campeonato Brasileiro em andamento e do não-pagamento dos salários dos jogadores durante o período que eles estão a serviço da CBF.

"Acho, e não precisa ser muito adivinho, que o Ganso vai ser convocado na quinta-feira. Como presidente do São Paulo, eu não vou pedir para não convocar, mas, se estivesse no lugar do Marin, eu certamente não convocaria durante a disputa do campeonato. Essa é a diferença entre o presidente do São Paulo e o presidente da CBF. Eu não ameaço, não jogo jogador contra ninguém, eu apenas respeitaria as datas Fifa", disse Aidar.

Na última convocação do técnico Dunga, para os amistosos contra Argentina e Japão, o São Paulo cedeu o volante Souza e o meia Kaká. Os dois jogadores desfalcaram a equipe nos jogos contra Atlético-PR e Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro, e Huachipato, pela Copa sul-americana.

Na quinta-feira, o treinador vai anunciar a lista de convocados para os amistosos contra Turquia e Áustria, nos dias 12 e 18 de novembro, respectivamente. Na segunda-feira, o técnico Alexandre Gallo, da seleção Sub-21, já convocou o lateral-direito Auro para um período de treinamentos na Inglaterra e amistosos na China.

"É um desrespeito da CBF com os clubes. Você se esforça para montar um time, tem atletas de expressão, o time está jogando bonito, tentando encostar no Cruzeiro e, de repente, durante o campeonato, os seus melhores jogadores são retirados para servir a seleção", atacou Aidar.

Segundo o dirigente, o São Paulo entrará na Justiça contra a CBF cobrando R$ 20 milhões referente aos salários de seus jogadores durante o período em que eles serviram a seleção. "O departamento jurídico já notificou a CBF, o prazo venceu e a CBF não respondeu. Vamos entrar com uma ação judicial de cobrança. O valor nominal é algo em torno de R$ 9 milhões, mas corrigido chega a R$ 20 milhões. O São Paulo vai buscar esse valor porque passa por dificuldades financeiras e a CBF nada em dinheiro. A CBF poderia pegar um pouco do dinheiro da sua piscina e pagar os clubes que passam dificuldades."

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