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Advogado de nadador brasileiro se diz aliviado após pena leve por doping

Redação Folha Vitória

São Paulo - O nadador brasileiro João Gomes Júnior cumprirá seis meses de suspensão por doping e só poderá voltar a competir em junho, pois a pena é retroativa e passa a valer desde dezembro. Com isso, ele não poderá disputar o Troféu Maria Lenk e ficará sem índice para disputar as principais competições da temporada pré-olímpica da natação, como o Mundial de Kazan, na Rússia, e o Pan de Toronto, no Canadá, ambos em julho. O julgamento foi realizado nesta sexta-feira, em painel da Federação Internacional de Natação (Fina), em Lausanne, na Suíça.

Para Marcelo Franklin, advogado especialista em direito esportivo e contratado pelo atleta, o resultado do julgamento pode ser encarado como positivo. "A audiência foi bem dura. Começou às 9h30 na Suíça e terminou por volta de 14h30. Essa pena que ele pegou a gente encara como grande vitória, pois ele poderia ter sido suspenso por quatro anos e isso acabaria com a carreira dele. Claro que ele queria que não tivesse pena nenhuma, mas o saldo foi uma grande vitória, pois nossa meta era colocá-lo na Olimpíada", explica.

Gomes Júnior, especialista no nado peito, foi flagrado em exame realizado durante o Mundial em Piscina Curta disputado em dezembro, no Catar. No teste, foi encontrada o diurético hidroclorotiazida. Além da suspensão, válida até o dia 3 de junho, o nadador perderá as medalhas que conquistou em Doha. "O que aconteceu com ele foi uma contaminação cruzada, ou seja, a substância entrou no organismo dele sem que ele tivesse culpa", afirma o advogado.

Apesar da suspensão do nadador, o Brasil não perderá as medalhas conquistadas por ele na competição. Gomes Júnior participou das eliminatórias de três revezamentos em que o País ganhou o ouro - 4x50 metros medley masculino, 4x100m medley masculino e 4x50m medley misto.

Assim, a histórica primeira colocação geral do Brasil em um Mundial foi mantida. "Foi importante que todos os resultados do Brasil em Doha fossem mantidos", conclui o especialista, lembrando que em um prazo de 21 dias ainda cabe recurso à decisão, tanto por parte do atleta quanto por algum outro órgão, como a Agência Mundial Antidoping (Wada).

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