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Boschilla vê 'pressão muito grande' sobre garotos que sobem da base do São Paulo

Redação Folha Vitória

São Paulo - Boschilia completa 19 anos nesta quinta-feira e é uma das apostas do São Paulo para o futuro. O meia já começa a chamar a atenção dos grandes europeus, como o Barcelona, e vai ter este ano como grande vitrine a chance de jogar o Mundial Sub-20 na Nova Zelândia. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta, o jogador falou sobre os planos para a carreira e as cobranças de Muricy Ramalho.

Estadão - Quem vem da base recebe muita cobrança para corresponder?

Boschilla - Sim, sem dúvida. Essa pressão é natural. O clube investe na base e tem de ter o retorno esperado. A gente tem de encarar isso como um desafio, superar e mostrar o potencial, como o Lucas conseguiu fazer.

Estadão -O Barcelona está de olho no seu futebol. Como recebeu essa notícia?

Boschilla - Vi pelos sites. Até um amigo meu chegou a mandar o que saiu de notícia. Mas até agora ninguém falou nada para mim. Fiquei muito feliz de saber que o meu trabalho tem sido reconhecido.

Estadão -Como faz para manter o foco diante de tanta especulação?

Boschilla - O jogador tem de deixar os empresários cuidarem disso. Enquanto não tiver o negócio concreto, não preciso me preocupar. Tenho de manter o foco no meu trabalho, até para não atrapalhar meus resultados.

Estadão -Você tem medo de escolher a hora errada de se transferir e prejudicar a carreira?

Boschilla - Temos de arriscar, como tudo na vida. Posso ir cedo e me dar muito bem, como também pode dar errado. Nunca pensamos no arrependimento quando vamos fazer alguma aposta.

Estadão -Quais as dificuldades que os garotos da base enfrentam quando sobem para o profissional?

Boschilla - O futebol é mais calmo. Na base, é muita correria. Aos poucos, a gente vai aprendendo. No nosso caso, até ajuda conseguir trazer para o time de cima o futebol moleque que mostramos na base.

Estadão -O que o Muricy mais cobra?

Boschilla - Ele sempre fala para nós, mais jovens, aprimorarmos a parte física e tentarmos adquirir o máximo de experiência. Também escuto bastante que tenho de bater falta.

Estadão -Como foi para você superar o corte na seleção Sub-20 antes do Sul-Americano?

Boschilla - Fiquei chateado. Nenhum jogador quer ficar fora das competições importantes. Por outro lado, a gente sempre vai encontrar essa dificuldade no futebol. Temos de levantar a cabeça e pensar no Mundial, que terá outra convocação. Se eu for bem no São Paulo, tenho mais chances de participar do próximo torneio.

A sua geração no futebol brasileiro é a que vai lutar pelo ouro olímpico em 2016.

Estadão -Vocês estão prontos?

Boschilla - Precisamos dar um pouco mais de nós. Todos temos potencial, mas ainda temos de melhorar porque vamos ter uma grande pressão para a Olimpíada.

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