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Cruzeiro perde do Huracán, cai para 2º e adia classificação na Libertadores

Redação Folha Vitória

São Paulo - O Cruzeiro precisava apenas de um empate nesta terça-feira para assegurar a vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores. Mas as falhas da defesa e um erro crasso da arbitragem acabaram com as chances de o time brasileiro se classificar nesta noite diante do Huracán. Jogando em Buenos Aires, a equipe mineira foi derrotada por 3 a 1 e ajudou os seus adversários no Grupo 3.

Com o primeiro revés na competição, o Cruzeiro estacionou nos oito pontos e perdeu a liderança da chave. De quebra, embolou o grupo. O Universitario de Sucre, ao vencer o Mineros por 2 a 0 também nesta terça, assumiu a ponta, com nove pontos. E o Huracán, que conquistou sua primeira vitória, chegou aos sete pontos, colado agora na equipe brasileira.

O resultados mudaram completamente o cenário para o Cruzeiro. Se antes era o favorito para ficar com o primeiro lugar da chave, agora precisa da vitória na última rodada, contra o Universitario de Sucre, no dia 21, próxima terça-feira, no Mineirão, para garantir a vaga nas oitavas. Mesmo um empate poderá eliminar os brasileiros, caso o Huracán vença o já eliminado Mineros, no mesmo dia.

O fraco desempenho do Cruzeiro nesta terça pode ser atribuído em parte do cansaço do grupo. A equipe entrou em campo pouco mais de 48 horas depois de enfrentar o rival Atlético-MG, no jogo de ida da semifinal do Campeonato Mineiro. Além das partidas em sequência, o elenco enfrentou o desgaste da viagem até Buenos Aires.

A mesma situação vai se repetir na última rodada da Libertadores. Cruzeiro e Atlético-MG vão jogar a partida da volta novamente no domingo. E o duelo contra o Universitário será disputado na terça, mais uma vez pouco mais de 48 horas ao fim do confronto estadual.

O JOGO - A frustrada atuação do Cruzeiro em Buenos Aires começou com um lance irregular do Huracán. Aos 14 minutos, Leandro Damião sofreu falta clara no meio-campo, mas o árbitro mandou o lance seguir. Na sequência, a bola sobrou para Abila, claramente em impedimento, mandar para as redes.

O gol não abalou o time cruzeirense, que reagiu prontamente, sem a mesma eficiência dos argentinos. Aos 16, Leandro Damião pegou mal dentro da área e desperdiçou o rebote do goleiro Marcos Díaz.

Mesmo com três volantes, o Cruzeiro tinha dificuldade para segurar as investidas do anfitrião. Abila, autor do gol, levava perigo a cada lance perto da área. Aos 23, ele bateu cruzado e a bola passou à esquerda do gol de Fábio.

Apenas dois minutos depois, Puch investiu pela direita, driblou Paulo André com facilidade e cruzou para trás da linha de fundo. O mesmo Abila, bem posicionado na área, bateu mascado e viu a bola ir para as redes, ampliando a vantagem dos donos da casa.

Antes do intervalo, o Cruzeiro ainda teve chance para ao menos descontar o placar. Aos 27, De Arrascaeta encheu o pé, após tabela com Damião, e mandou por cima do travessão. E, aos 35, Mena pegou rebote na sequência de duas tentativas, de Damião e De Arrascaeta, mas não converteu.

Na segunda etapa, o Cruzeiro ganhou novo ânimo com o pênalti marcado sobre Damião, aos 12 minutos. O próprio atacante cobrou, no meio do gol, e descontou para o time brasileiro. A empolgação cruzeirense, porém, durou pouco. Apenas o tempo de ver o Huracán marcar o terceiro.

Em nova falha de marcação da equipe, Mancinelli surgiu dentro da área, em cobrança de falta, e cabeceou, livre de marcação, para ampliar novamente a vantagem dos argentinos. Mena e Damião, que acompanhava diretamente o autor do gol, falharam no lance do gol.

Após levar o terceiro gol, o time brasileiro não escondeu o abatimento. Caiu de rendimento e passou a atacar com raro perigo. Para piorar, ainda sofreu com as ameaças do ataque argentino. Aos 43, Abila, novamente, quase ampliou ao driblar o goleiro Fábio dentro da área. Sem ângulo, acabou mandando para fora.

Com o tropeço, o Cruzeiro volta a focar suas atenções na semifinal do Estadual, no fim de semana. Somente depois do novo clássico o time de Marcelo Oliveira pensará no duelo decisivo contra o Universitario de Sucre.

FICHA TÉCNICA:

HURACÁN 3 x 1 CRUZEIRO

HURACÁN - Marcos Díaz; Federico Mancinelli, Martín Nervo, Eduardo Domínguez e Luciano Balbi; Lucas Villarruel, Federico Vismara, Edson Puch (Torassa), Patricio Toranzo (Gallegos) e Alejandro Romero Gamarra (Moreno y Fabianesi); Ramón Ábila. Técnico: Néstor Apuzzo.

CRUZEIRO - Fábio; Mayke, Leo, Paulo André e Mena (Pará); Willians (Gabriel Xavier), Willian Farias, Henrique, De Arrascaeta; Willian (Riascos) e Leandro Damião. Técnico: Marcelo de Oliveira.

GOLS - Abila, aos 14 e aos 25 minutos do primeiro tempo. Leandro Damião (pênalti), aos 14, e Mancinelli, aos 18 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Eduardo Domínguez, Marcos Díaz, Paulo André, Henrique e Willian Farias.

ÁRBITRO - Patricio Polic (CHI).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio El Palácio, em Buenos Aires (ARG).

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