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Corinthians e Palmeiras buscam afirmação no clássico paulista no Itaquerão

Redação Folha Vitória

São Paulo - No dia 19 de abril, Corinthians e Palmeiras jogaram uma semifinal de Campeonato Paulista, no estádio Itaquerão, em São Paulo. Esbanjavam otimismo e estavam em alta. Neste domingo, pouco mais de um mês depois, os rivais voltam a se enfrentar, às 16 horas, na arena corintiana, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. E ambos vivem clima de incertezas.

Aquela semifinal, decidida nos pênaltis, foi um marco para os dois times nesta temporada. O "badalado" Corinthians foi eliminado, entrou em uma sequência de atuações ruins e alguns dias depois deu adeus também à Copa Libertadores. O Palmeiras avançou, mas dali em diante não fez outra partida no mesmo nível. Perdeu o título para o Santos, ainda não venceu no Brasileirão e empatou em casa com o ASA, pela Copa do Brasil.

O Corinthians, um dos líderes do campeonato, precisa mostrar que existe vida sem Guerrero, agora no Flamengo, enquanto que o Palmeiras joga para não entrar na desconfortável zona de rebaixamento.

Por isso, está claro que a situação mais delicada é a do Palmeiras, que viveu uma semana de tensão e, sobretudo, de pressão sobre o trabalho de Oswaldo de Oliveira. Uma derrota pode custar o cargo ao treinador.

O técnico do Palmeiras nunca esteve tão pressionado no cargo, embora tente brincar com a situação. Mas no começo da semana o diretor de futebol, Alexandre Mattos, fez uma reunião com os jogadores no gramado e os cobrou duramente. "Toda vez que tiver um Palmeiras e Corinthians será de tensão. Quem cometer uma falha pode pagar caro", disse Oswaldo de Oliveira.

Tite tem respaldo da diretoria. E a debandada de jogadores após a eliminação na Libertadores tira o peso das costas do treinador em caso de má campanha no Brasileirão. Guerrero foi embora, Emerson está se despedindo e outros podem sair: Elias, Renato Augusto, Gil e Felipe. Se o Corinthians perder entra em crise? O técnico garante que não: "Para quem gosta de sensacionalismo, pode dizer que sim. Mas para quem é criterioso, é só olhar o trabalho".

NOVO ESQUEMA - Tite enfrentou problemas para montar o time. Seu melhor atacante, Vagner Love, está fora de forma. A solução foi apostar no paraguaio Romero, pela primeira vez titular em 2015. "Premio quem está melhor", afirmou.

O treinador vai povoar o meio de campo e tentar ganhar no toque de bola e na marcação alta, empurrando o Palmeiras. No segundo tempo, a opção é a velocidade de Mendoza ou a experiência de Danilo. Elias ficará no banco de reservas porque Tite já pensa o time sem ele - o volante vai para a Copa América.

Oswaldo de Oliveira fará mudanças. A tendência é que, na dúvida entre Leandro Pereira e Cristaldo, ele resolva tirar os dois - ambos só têm decepcionado. A ideia é manter Kelvin e Zé Roberto nas pontas, Valdivia centralizado no meio e Rafael Marques mais à frente.

O treinador resolveu manter Zé Roberto no meio como forma de dar ritmo de jogo para Egídio e ainda colocar alguém para dividir a criação de jogadas com Valdivia, que pode viver um dia especial neste domingo. Com contrato até o dia 17 de agosto e tendo que se apresentar na seleção chilena para a disputa da Copa América na terça-feira, o meia pode fazer sua última partida com a camisa alviverde. Como a renovação de contrato parece algo cada vez mais distante, existe a possibilidade dele ser liberado após a competição continental.

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