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Dunga minimiza falta que tirou Neymar da Copa do Mundo: 'Foi entrada de jogo'

Redação Folha Vitória

Santiago - Na quarta-feira, no Estádio Monumental de Santiago, Neymar vai reencontrar pela segunda vez o lateral Zúñiga, o jogador colombiano que o tirou da Copa do Mundo com uma joelhada que causou uma fratura em sua terceira vértebra. Na primeira vez em que se enfrentaram após o Mundial, em um amistoso em setembro do ano passado, em Miami, os dois trocaram um abraço carinhoso, iniciativa do colombiano. Nesta quarta-feira, o técnico Dunga, não vê motivos para preocupação no novo reencontro.

"Não preocupa o Neymar. Ele jogou com a Colômbia nos Estados Unidos. No meu modo de ver, foi uma entrada de jogo, perdeu a coordenação de movimento. Não tinha como parar e acabou fazendo a falta. Parto do pressuposto que nenhum jogador entra de forma desleal para tirar um companheiro de trabalho do jogo", afirmou o treinador.

Para o lateral colombiano, o assunto ficou no passado. "Está tudo bem com Neymar. Já ficou tudo no passado. Vou jogar contra o Brasil como joguei contra a Venezuela, é um jogo normal. Espero que não armem uma polêmica sobre isso", afirmou o lateral.

No jogo das quartas de final da Copa do Mundo, Neymar sofreu uma entrada de Juan Zúñiga aos 42 minutos do segundo tempo e saiu do jogo de maca, chorando muito. Após exames, veio a constatação de uma fratura na terceira vértebra, na região lombar. O jogo terminou com vitória do Brasil, por 2 a 1, e classificação para a semifinal (derrota para a Alemanha por 7 a 1). Neymar usou uma cinta de imobilização, teve boa recuperação, sem sequelas, e voltou a atuar no início do mês de agosto, pouco mais de um mês após a lesão.

Neymar perdoou o colombiano. "Eu o perdoaria. Não sinto rancor, não sinto ódio. Me ligou, me pediu desculpas, que não queria me machucar, falou um bocado de coisas legais. Não sinto ódio, desejo que tenha sucesso na carreira. Tudo de melhor para ele", afirmou logo após a lesão.

Além de ter aceitado o abraço em setembro, o craque do Barcelona convidou Zúñiga para o desafio do balde de gelo, uma corrente que ganhou força no ano passado e consistia em tomar um banho com água gelada ou fazer doações para uma entidade que luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA).

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