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Apelação é rejeitada, Thiago Pereira é desclassificado e adia recorde

Redação Folha Vitória

Toronto - Thiago Pereira saiu da piscina sorrindo, com o sentimento de missão cumprida. Havia acabado de ganhar a prova dos 400 m medley pela terceira vez seguida nos Jogos Pan-Americanos e se igualado ao ex-ginasta cubano Erick López como recordista de medalhas na história do Pan, com 22.

Mas a alegria durou pouco, porque na sequência veio a notícia de que havia sido desclassificado por ter cometido uma irregularidade na virada do nado peito para o crawl. E o ouro foi herdado pelo brasileiro Brandonn Almeida, que nadou em 4min14s47 e quebrou o recorde mundial júnior.

A comissão técnica da seleção brasileira bem que tentou mudar o panorama. Protestou, tentou entrar com apelação, mas teve o pedido negado e não conseguiu mudar o resultado. "Tem um custo, tem um desgaste para as próximas fases. A gente não consegue mensurar. Mas vamos ter calma, faz parte do jogo", lamenta Ricardo de Moura, chefe da delegação brasileira.

Agora ele volta a nadar no sábado para tentar empatar ou superar o cubano Erick López e se tornar o maior medalhista da história do Pan. Aos 29 anos, talvez esta seja sua última oportunidade para conseguir isso - embora não descarte competir em Lima daqui a quatro anos. "Vamos deixar rolar. Se isso continuar me fazendo feliz, não tenho motivos para desistir."

BRONZE PARA JOANNA - A mesma decisão valeu para a prova feminina dos 400m medley, no qual a canadense Emily Overholt, que chegou à frente das rivais, também foi desclassificada por uma virada ilegal. Como o recurso dela não foi aceito, Joanna Maranhão herdou o bronze, com o tempo de 4min38s07.

Assim, o Brasil terminou o dia da natação no Pan com apenas três medalhas. O ouro de Brandonn, o bronze de Joanna e a prata conquistada pelo revezamento 4x200m livre feminino do Brasil.

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