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Gol da Alemanha! Vexame dos 7x1 completa um ano e o brasileiro ainda não esqueceu

Cicatrizes do 7 x 1 ainda fazem parte da vida dos brasileiros. Vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marcus Vicente afirma que futuro vai ser melhor

Jogo marcou a história do futebol brasileiro Foto: Divulgação

Dizem que uma goleada nunca acontece por um único motivo e sim por vários que, somados durante a partida, resultam numa catástrofe do futebol. Nesta quarta-feira (8) o Brasil tem o primeiro aniversário do histórico 7x1 sofrido contra a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014.

Um ano depois do episódio que marcou a história do esporte bretão no País, o engenheiro Caio Ferreira, 27 anos, afirma não ter esquecido o jogo e diz ainda ter muitas feridas para curar.

“Sabia que o jogo seria difícil. Fui com um amigo para o Mineirão [estádio que recebeu a partida]. Mesmo ciente de tudo acreditávamos em um empate e na vitória nos pênaltis. Quando saiu o primeiro gol, congelei. Quanto mais o placar era ampliado, mais o meu mundo desabava. Vi muita gente chorando e é difícil esquecer isso”, relatou.

Buscando resposta para compreender o vexame, o engenheiro lembrou até do seu time de coração, o Botafogo. “Sou botafoguense. No primeiro gol lembrei da minha fama de pé frio. Lembro que no quarto gol deles eu fui ao banheiro e liguei para minha mãe. Ela me perguntou sobre o jogo e eu falei que tínhamos levado o quarto gol. Ela riu e me perguntou se eu estava mesmo no estádio, já que pela televisão a Alemanha já tinha feito o quinto. Ou seja, foi uma goleada histórica, dolorida e rápida”, brinca.

A mágoa dos sete gols impediu o capixaba de comemorar o único gol brasileiro na partida, feito pelo jogador Oscar.  No entanto, Igor Machado, amigo que foi ao Mineirão, deixou a paixão falar mais alto e soltou o grito que estava preso junto às lagrimas de decepção. “ Na hora do gol meu amigo levantou e comemorou. Eu quase briguei com ele. Imagina, o Brasil humilhado e ele comemorando um único gol? Podem passar 50, 100 anos, nunca vou me esquecer desse jogo”, relembra.

Sete motivos para esquecer o trauma maldigerido
Vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o capixaba Marcus Vicente acredita que mesmo se o Brasil tivesse chegado à final e perdido, a dor seria semelhante. “O brasileiro entra em qualquer competição querendo ser campeão. E isso é o certo. O Brasil é um país vencedor. Nós não sabemos valorizar o vice lugar, por exemplo,” explicou.

Otimista sobre o futuro da seleção, Vicente definiu sete motivos para o capixaba e o brasileiro acreditarem em dias melhores para o time canarinho.

 1° Temos historicamente tradição em revelar novos e excelentes atletas.

 2° O Brasil é o país do futebol. Isso é um fato. Temos a capacidade de adaptação.

3° O futebol brasileiro é motivo de inclusão social.

4° A visibilidade que a seleção brasileira proporciona ao futebol. Isso atrai patrocinadores.

5° O Brasil é o único pentacampeão do mundo. Isso supera o 7 x1

6° O brasileiro. O torcedor do Brasil é único. Oferece calor humano à seleção e sempre apoia.

7° Capacidade técnica. Nossos jogadores são habilidosos e únicos. É uma questão de tempo nos recuperamos. 

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