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Fabiana Beltrame vai a Mundial Pré-Olímpico para remar em prova não-olímpica

Redação Folha Vitória

São Paulo - O Campeonato Mundial de Remo que começa no próximo domingo, em Aiguebelette, na França, é o principal evento classificatório para os Jogos do Rio, em 2016. Mesmo assim, a melhor remadora do Brasil vai à competição não para tentar classificar o País à Olimpíada em uma das 12 provas para as quais não tem convite. Afinal, a atleta do Vasco vai participar da competição em uma disputa que não faz parte do programa olímpico.

No feminino, o Brasil só tem convite para competir em casa no single skiff. A tendência é Fabiana Beltrame, que é leve para essa embarcação, competir na Olimpíada no double skiff. Mas, uma vez que a vascaína alega não ter encontrado companheira para remar, o Brasil não está inscrito nessa prova no Mundial.

No Mundial da França, estarão em jogo 11 vagas olímpicas no double skiff. Se o Brasil quiser mesmo disputar essa prova no Rio-2016, só terá mais uma chance de se classificar: o Pré-Olímpico da América Latina. Nesta competição, serão distribuídas outras três credenciais.

A um ano dos Jogos Olímpicos, Fabiana Beltrame segue treinando para o single skiff peso leve, prova que não consta no programa olímpico e que, por isso, não é disputada pelas melhores atletas do mundo. Aproveitando-se desse esvaziamento, Fabiana vai atrás do bicampeonato mundial - ganhou em 2011, também em um evento pré-olímpico.

O Brasil, aliás, vai a apenas três provas no Mundial. Participa com os gaúchos Vinícius Delazeri e Victor Ruzicki, nonos colocados no Mundial Sub-23 no 'dois sem', e com o sino-brasileiro Steve Hiestand no single skiff.

Se para esta última prova o Brasil tem convite para a Olimpíada, no 'dois sem' vai ter que ir atrás de um improvável 11.º lugar. A outra chance de classificação para este barco é pelo Pré-Olímpico Mundial, quando serão distribuídas mais quatro vagas. A competição latina só contempla o double skiff, no masculino e no feminino, além do single skiff.

No Mundial, serão disputadas 14 provas olímpicas, com o Brasil presente em apenas duas delas. A modalidade vive sua pior crise no País e só ganhou uma medalha nos Jogos Pan-Americanos - com Fabiana, de prata, na única prova não-olímpica disputada em Toronto.

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