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Seleção aposta no 'calor' nordestino para reagir na luta por vaga na Copa

Em novembro, será a vez de Salvador receber a partida com o Peru. E vários outros confrontos eliminatórios deverão ocorrer na região no próximo ano

Redação Folha Vitória
Seleção aposta no calor para reagir nas eliminatórias Foto: Divulgação

Santiago - Depois de estrear na noite de quinta-feira nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018 sendo batida por 2 a 0 pelo Chile em Santiago, a seleção brasileira desembarca na noite desta sexta-feira na casa que elegeu para ser sua durante a competição: o Nordeste. A primeira parada é Fortaleza, local do jogo de terça-feira contra a Venezuela. Em novembro, será a vez de Salvador receber a partida com o Peru. E vários outros confrontos eliminatórios deverão ocorrer na região no próximo ano e talvez até em 2017.

Fortaleza, por exemplo, já se candidatou pública e oficialmente para receber mais um jogo em 2016. Natal também tem esperança de ver a seleção atuar na Arena das Dunas. E Pernambuco sonha com um jogo na arena construída em São Lourenço da Mata.

Como a CBF não recebeu nenhum exigência oficial de limitar as sedes de jogos nas Eliminatórias, a tendência é de que a equipe brasileira visite com certa constância a região. Mesmo porque isso serviria para que o presidente Marco Polo Del Nero retribuísse aliados fiéis - o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, por exemplo, chegou a representá-lo em congresso da Fifa.

Também serviria para ajudar na ocupação que estádios erguidos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014 e que não andam recebendo o público desejado em jogos de campeonatos locais e mesmo em nível nacional.

A comissão técnica quer muito fazer os jogos no Nordeste, mas por motivos completamente diferente do dos cartolas. Lá, a seleção é sempre bem recebida pelo torcedor, com empolgação, carinho e apoio praticamente incondicional, mesmo que o time não esteja bem ou não se comporte satisfatoriamente dentro de campo. Isso raramente acontece quando a equipe atua no eixo Rio-São Paulo e até mesmo no Sul.

No final do mês passado, quando esteve em Fortaleza para inspecionar o Castelão, local do jogo com os venezuelanos, Dunga deixou clara sua predileção por levar o time ao Nordeste. "Aqui a seleção sempre é bem recebida. Temos de ir para onde gostam de nós", disse. Toda vez que a seleção jogou no Nordeste foi muito bem recebida."

Quarta-feira, na véspera do jogo com o Chile, ao pedir apoio, carinho e paciência ao torcedor com a seleção, mesmo em momentos mais adversos, aproveitou a "deixa" de uma pergunta de um repórter de uma emissora de rádio cearense. "Nos momentos em que o jogo não estiver encaixando, que o torcedor entenda e tenha paciência para nos empurrar."

BRASÍLIA - Além do Nordeste, a seleção também poderá jogar na capital. Com o Mané Garrincha às moscas a maior parte do tempo, e dando prejuízo pesado mensalmente, as autoridades locais já fizeram chegar à direção da CBF o desejo de ter a equipe de Dunga lá durante as Eliminatórias. E a sinalização foi positiva. Se der tudo certo, o estádio vai ter um jogo na seleção no segundo semestre do próximo ano.

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