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Brasil conquista 4 medalhas no judô na Áustria; Brígida é bronze em Roma

Redação Folha Vitória

Oberwart - O dia foi muito bom para o Brasil no primeiro dia de disputas do Aberto Europeu de Oberwart, etapa austríaca do Circuito Mundial de Judô. Apesar da competição ser a de menor graduação de pontos para o ranking, o nível técnico lá foi relativamente alto. Foram quatro medalhas para os judocas brasileiros, sendo duas de prata e duas de bronze. Em Roma, onde as mulheres lutam também em um Aberto Europeu, Rafaela Silva decepcionou e só Nathalia Brígida foi ao pódio, com bronze.

O resultado mais relevante foi de Marcelo Contini, não só pela prata na categoria até 73kg em Oberwart, mas porque seu rival pela vaga olímpica, Alex Pombo, perdeu na repescagem e terminou em quinto, sem medalha. Sem chegar nem mesmo a uma semifinal há um ano, Contini vai subir no ranking olímpico e ultrapassar Pombo.

Na Áustria, ele venceu quatro lutas até a final, onde perdeu para Didar Khamza, do Casaquistão, que ainda é júnior. Já Alex Pombo ganhou três confrontos antes de duas derrotas seguidas que o tiraram do caminho da medalha, para o próprio Khamza e para Uali Zurzhev, da Rússia, 23.º do mundo.

Na categoria até 60kg, Felipe Kitadai saiu-se melhor do que Eric Takabatake, ganhando prata, enquanto o rival brasileiro ficou com bronze. Numa chave extensa, Kitadai precisou de quatro vitórias para chegar até à final, onde foi derrotado por Ludwig Paischer, 25.º do mundo, mas que lutava em casa.

Já Takabatake venceu duas lutas e parou em Vugar Shirinli, do Azerbaijão, 50.º do mundo, recuperou-se na repescagem e ficou com o bronze ao vencer outro atleta do Azerbaijão, Davud Mammadsoy, 124.º do ranking, que já havia sido derrotado por Kitadai na semifinal.

Os resultados de Oberwart vão fazer Kitadai passar Takabatake no ranking mundial. O atleta da Sogipa tem 1.217 pontos e ganhou 60 na Áustria. O judoca do Pinheiros tem 1.222 e somou 40. No ranking olímpico, que já leva em conta o peso que os pontos terão ao fim da corrida para o Rio-2016, a vantagem ainda é de Takabatake, por cerca de 300 pontos.

Charles Chibana, por sua vez, está muito perto do Rio-2016, uma vez que não tem rivais nacionais de peso na categoria até 66kg. Em Oberwart, ele faturou um bronze importante, voltando ao pódio no Circuito Mundial após mais de um ano e meio - a última medalha havia sido em julho de 2014.

Na Áustria, Chibana teve três vitórias, uma delas um ippon espetacular sobre o romeno Laszlo Szoke (que ficou de 'cavalinho' e foi jogado de costas no chão, por cima da cabeça do brasileiro). Ele caiu diante do egípcio Mohamed Abdelmawgoud (52.º), mas faturou o bronze ao vencer Marko Vukicevic (82.º), da Sérvia.

FEMININO - Em Roma, as mulheres não foram tão bem. Depois de ganhar bronze tanto em Havana quanto em Paris, Rafaela Silva perdeu logo na estreia da categoria até 57kg na Itália, para a francesa Lola Benarroche, apenas número 107 do ranking mundial.

Também Mariana Silva e Ketleyn Quadros não foram longe na categoria até 63kg, derrotadas na segunda rodada, respectivamente por Karolina Talach (polonesa, 80.ª do mundo) e Tserennadmid Tsend-Ayush (mongol, 14.ª), que depois firam finalistas da chave. No ranking olímpico, Mariana tem pequena vantagem sobre Ketleyn.

A única medalha para o Brasil em Roma foi conquistada por Nathalia Brígida, na até 48kg. Rival de Sarah Menezes por um lugar no Rio-2016, ela venceu a belga Anne Sophie Jura (75.ª), perdeu da mexicana Edna Carillo (20.ª), e se recuperou vencendo a romena Violeta Dumitru (39.ª) e a cubana Dayaris Mestre (19.ª).

O Aberto Europeu de Roma foi a primeira competição do ano para Nathalia, que viu Sarah Menezes, com um ouro e uma prata na temporada, se distanciar na corrida para o Rio-2016. Já são 600 pontos de diferença entre as duas no ranking olímpico.

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