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Diante de azarão no Peru, São Paulo abre corrida pela Libertadores

Largar com tranquilidade é quase uma obrigação diante do azarão Cesar Vallejo, no Peru, às 21h45 (de Brasília), em confronto que vale vaga na fase de grupos da Copa Libertadores

Redação Folha Vitória
Edgardo Bauza apressou a formação do time durante os trabalhos de pré-temporada para criar entrosamento Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

São Paulo - Menos de um mês depois da pré-temporada, o São Paulo começa nesta quarta-feira a definir se terá um semestre de cobranças ou de boas expectativas. Largar com tranquilidade é quase uma obrigação diante do azarão Cesar Vallejo, no Peru, às 21h45 (de Brasília), em confronto que vale vaga na fase de grupos da Copa Libertadores.

A equipe se precaveu de qualquer risco e traçou um planejamento detalhado para a partida fora de casa. O técnico Edgardo Bauza apressou a formação do time durante os trabalhos de pré-temporada para criar entrosamento e escalou a força máxima no último fim de semana, na estreia no Campeonato Paulista diante do Red Bull (1 a 1), em Campinas.

A comissão técnica fretou um voo até Trujillo, no norte do Peru, para evitar perder tempo em escalas. O São Paulo admite que ter conseguido chegar à Copa Libertadores depois de um 2015 tão turbulento foi um grande lucro. Por isso, não quer desperdiçar a oportunidade de usar o torneio para resgatar a confiança.

Bauza vai apostar em um estilo de jogo de manutenção de posse de bola e na solidez defensiva. O técnico focou os trabalhos de marcação desde o começo do ano, ciente que um possível empate será útil na próxima semana, com o jogo de volta no Pacaembu.

ZEBRA PERUANA - O Cesar Vallejo vê no confronto contra o time paulista a chance de conquistar o feito mais glorioso em 20 anos de existência. Por ter o nome de um dos grandes escritores sul-americanos, o clube leva o apelido de "Os Poetas".

Fundado em 1996 como uma equipe amadora da universidade local, o clube pela segunda vez vai disputar a fase preliminar da Libertadores. A primeira foi em 2013, quando perdeu para o Tolima, da Colômbia - time que eliminou o Corinthians na edição de 2011 no mesmo estágio preliminar à fase de grupos.

"Seguramente pela história e pelo nome, sabemos que o São Paulo é o favorito. Ganhar seria um grande feito", disse o goleiro Salomón Libman ao jornal O Estado de S. Paulo por telefone. O jogador é presença constante na seleção peruana e, em 2013, trocou o Alianza Lima pelo desafio de ajudar o time emergente.

A tarefa tem como prêmio ter despertado o interesse do torcedor em um local de pouca tradição no futebol. "No aspecto econômico nosso clube é mais organizado que os demais. Vim pela ideia de ser uma equipe jovem, com ambição. Pouco a pouco aumenta o número de torcedores", contou.

O goleiro demonstrou conhecer o São Paulo. Na entrevista, ele citou os reforços do time, falou sobre Bauza e comemorou que o jogo da volta, dia 10, será no Pacaembu em vez do Morumbi, que passa por reformas no gramado.

A cidade de Trujillo tem quase 1 milhão de habitantes e o estádio Mansiche tem capacidade para 25 mil torcedores. O local recebeu partidas da Copa América, em 2004.

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