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Identidade de homem morto em briga de torcidas ainda é mistério para polícia

Redação Folha Vitória

São Paulo - A identidade do homem morto em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, antes do clássico entre Palmeiras e Corinthians no último domingo continua sendo um mistério. A vítima não portava documentos e a falta de informação já vira um problema para a Polícia Civil. Até o momento, sabe-se que ele tinha em torno de 60 anos, 1,70 metros de altura, pele branca, apresentava cabelos grisalhos, calvície parcial e exibia um porte físico "forte". A descrição foi registrada no Boletim de Ocorrência, obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo. O caso foi registrado no 63.º Distrito Policial, localizado na Vila Jacui.

"No local do confronto, defronte ao numeral 05 da Praça, encontra-se o corpo de um indivíduo de aproximadamente 60 (sessenta) anos, branco, calvo, grisalho, porte médio para gordo, ferido mortalmente por disparo de arma de fogo com perfurações no flanco esquerdo superior e do lado direito, abaixo da axila", consta no documento.

O idoso levou um tiro no lado esquerdo do corpo e teve o tronco perfurado pela bala, que saiu pela direita. "A vítima chegou a ser socorrida, porém já se encontrava em óbito no local", informa o boletim de ocorrência. Não foram localizadas armas de fogo na confusão.

Familiares e amigos ainda não procuraram o Instituto Médico Legal (IML) de Artur Alvim para fazer o reconhecimento do corpo. Se o morto não for identificado, pode ser sepultado como indigente a partir de 72 horas. A espera pode chegar até no máximo 15 dias, desde que haja espaço nas geladeiras do IML. As impressões digitais foram colhidas e mandadas para análise.

O recurso de vídeo pode ser uma alternativa na busca da identidade da vítima. "Existem câmeras de segurança nos numerais 03 e 176, da Praça onde os fatos ocorreram. Existem câmeras de segurança na Estação de Trem de São Miguel Paulista", relata o documento.

Segundo a ocorrência, torcedores do Palmeiras estavam concentrados em uma praça, de maneira pacífica, quando foram surpreendidos por corintianos, armados com pedaços de pau, pedras e rojões. Os palmeirenses correram em direção à estação São Miguel Paulista, da CPTM, em busca de abrigo. Eles foram seguidos pelos rivais. Três suspeitos foram capturados pela Polícia Militar e liberados após depoimento.

Foram apreendidos 40 cabos de madeira e pedaços de ferro usados pelos membros da torcida do Corinthians durante o conflito. Além de quatro rojões e uma touca de cor preta. A polícia descarta qualquer envolvimento da vítima na briga entre os torcedores.

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