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Barcelona consegue liberação da bandeira da Catalunha na final da Copa do Rei

Redação Folha Vitória

Barcelona - A Justiça espanhola decidiu nesta sexta-feira liberar a entrada de bandeiras da Catalunha na final da Copa do Rei que será disputada neste domingo entre Barcelona e Sevilla. Na última quarta-feira, o governo de Madri havia proibido a aparição das "esteladas" no confronto que acontecerá no estádio Vicente Calderón, localizado na capital espanhola.

"O Barcelona expressa sua satisfação com a decisão judicial que permite a aparição das bandeiras esteladas na final da Copa do Rei contra o Sevilla, neste domingo, no Vicente Calderón em Madri. O clube, assim, celebra que a decisão do juiz permita a livre expressão de símbolos legais e cartazes por seus membros e torcedores", comunicou o clube em nota.

Na última quinta, o governo madrilenho havia proibido que as bandeiras catalãs entrassem no estádio. A decisão, segundo Concepción Dancausa, delegada do governo local, era um reflexo da preocupação com a segurança, já que a "estelada" é um símbolo separatista da Catalunha em relação à Espanha, causa fortemente combatida pelos madrilenhos.

Após a decisão, diversos líderes catalães, como o chefe de governo da Catalunha, Carles Puigdemont, e a prefeita de Barcelona, Ada Colau, imediatamente anunciaram que boicotariam a partida. Até o presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, ameaçou não ir ao estádio.

A revolta foi tanta, que o Barcelona imediatamente entrou na Justiça pedindo que a proibição fosse revogada e, menos de 24 horas depois, conseguiu. Com isso, a entrada das bandeiras catalãs estão permitidas na partida de domingo. Mesmo assim, o clube fez questão de manifestar sua preocupação com a decisão inicial do governo de Madri.

"Ao mesmo tempo, o Barcelona expressa sua preocupação com a reincidência de situações como essa de quarta, que são uma afronta contra a liberdade de expressão e não contribuem em nada com o que sempre foi uma celebração ao futebol e o esporte. O clube reitera seu compromisso com a defesa da liberdade de expressão entre seus membros e torcedores", afirmou.

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