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Austrália cobra mais segurança após atleta paralímpica ser assaltada no Rio

Redação Folha Vitória

Sydney - Depois de dois membros da equipe australiana de vela paralímpica australiana serem assaltados à mão armada no Rio, o comitê olímpico do país incitou as autoridades brasileiras a adotarem imediatamente o esquema de segurança que está previsto para os Jogos, "antes que um atleta se machuque".

O incidente ocorrido no último fim de semana no Rio aumentou os temores de crimes contra atletas estrangeiros faltando pouco tempo os Jogos, que serão realizados entre 5 e 21 de agosto. Estima-se que 85 mil policiais estarão patrulhando as ruas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas os crimes violentos continuam sendo um fato da vida no Rio.

"Talvez o comitê organizador deva mobilizar sua força de defesa para os Jogos antes", disse, nesta terça-feira, Kitty Chiller, chefe da missão olímpica da Austrália. "Faça isso agora".

Chiller afirmou que escreveu ao Comitê Rio-2016 e ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, para expressar sua preocupação. "Estamos exigindo que o nível dessas forças (de segurança) seja revisto, e também que seja mobilizada anteriormente".

Em um comunicado, a federação de vela da Austrália disse que a atleta paralímpica Liesl Tesch e Sarah Ross foram confrontadas por dois homens quando estavam pedalando com suas bicicletas em um parque do Rio no último domingo. Um dos homens estava carregando uma pistola e as mulheres tiveram suas bicicletas roubadas.

No mês passado, o velejador espanhol Fernando Echavarri, medalhista de ouro olímpico, e dois companheiros disseram que foram roubados por cinco jovens armados no Rio. O incidente do fim de semana "foi extremamente preocupante e perturbador", disse Chiller. "Não é um incidente isolado".

A segurança é um dos problemas que assolam o Rio às vésperas dos Jogos Olímpicos, que incluem o vírus Zika, a poluição da água e problemas orçamentários. "Isso não é um incidente isolado, os atletas foram assaltadas durante o treinamento ou competindo em eventos-teste do Rio e queremos os nossos atletas protegidos", disse Chiller.

"Temos informado nossos atletas que vão para os Jogos. Basicamente estamos dizendo que, se você é confrontado por criminosos, entregue os seus pertences e não discuta. Isso é exatamente o que as paralímpicas fizeram no domingo", acrescentou.

Segundo Chiller, o incidente ocorreu às 7h30 de domingo, perto de onde elas estavam hospedadas. "Haviam pessoas ao redor, mas ninguém veio em seu auxílio. Isto é uma grande preocupação e a única resposta é as autoridades colocarem policiais extras e segurança agora", disse Chiller. "Estamos levando mais de 400 jovens atletas para os Jogos, é preciso garantir que eles sejam protegidos a todo custo".

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