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Marta afirma que seleção feminina não deve pensar em pressão pelo inédito ouro

Seleção brasileira feminina de futebol é cobrada pelo ouro que até hoje não veio. A tendência é que essa pressão se repita nos Jogos do Rio

Redação Folha Vitória
Marta foi medalhista olímpica de prata em 2004 e 2008 Foto: Divulgação

Medalhista olímpica de prata em 2004 e 2008, a seleção brasileira feminina ainda é cobrada pelo ouro que até hoje não veio. Ainda que a equipe não viva mais o seu auge, a tendência é que essa pressão se repita nos Jogos do Rio. Para a atacante Marta, as jogadoras devem ignorar essa cobrança externa. Mais do que isso, precisam controlar a pressão que jogam cobram sobre si mesmas.

"Isso não é de agora. Desde que se formou uma seleção feminina, quando o apoio era bem menor, já existia essa pressão. Temos que deixar esses comentários de lado. A gente sabe até onde pode chegar. Não podemos nos cobrar tanto. Das outras vezes a gente se cobrou muito e isso atrapalhou um pouco, sim. Vamos jogar, e se tiver que ganhar a gente vai ganhar", afirmou a atacante, nesta terça, em entrevista coletiva.

Marta lamentou que as conquistas olímpicas passadas da equipe não tenham se refletido em suporte ao futebol feminino. "No Brasil, segundo lugar é mesmo que nada. Senão, teríamos uma situação muito melhor do que temos hoje."

A jogadora, de qualquer forma, evitou fazer críticas à gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Pelo contrário, disse que a seleção atualmente tem boas condições para apresentar resultados. Uma seleção permanente treina em Itu (SP) desde o ano passado, ainda que a maior parte das convocadas, como a própria Marta, atuem no exterior.

"A gente está vindo de quase dois anos de trabalho e percebe a diferença. As coisas estão se desenvolvendo melhor. As meninas têm as melhores condições. A gente está vendo a evolução de cada atleta aqui e a forma que está sendo feito a trabalho nesses dois anos", elogiou.

Uma das mais experientes da equipe, Marta divide com a volante Formiga o papel de líder do grupo e sabe que tem, entre seus papeis, a função de passar essa experiência para um grupo renovado na comparação com o que foi a Londres. "A pressão vem de todos os lados, mas a gente está sabendo lidar com isso. A gente conversa com as meninas mais novas, passa experiência."

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