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Seleção olímpica testa os conceitos de Micale em amistoso contra o Japão

Redação Folha Vitória

Goiânia - Foram 11 dias de treinos intensos. Neles, o técnico Rogério Micale montou uma equipe ofensiva, leve, veloz, de alta qualidade técnica, que pressiona constantemente o adversário, com e sem a bola, e se propõe a jogar de maneira compactada. Neste sábado, no estádio Serra Dourada, o amistoso contra o Japão dará uma mostra se está correto o caminho traçado para que a seleção olímpica do Brasil conquiste nos Jogos do Rio a inédita medalha de ouro.

O jogo que começa às 16h30 em Goiânia será o único teste da seleção do capitão Neymar - foi confirmado nesta sexta-feira por Micale - antes da estreia na Olimpíada. A equipe não estará completa. Fernando Prass deve mesmo ser poupado e o recém-chegado Renato Augusto dará lugar a Felipe Anderson, que treina (e bem) com o grupo desde o primeiro dia.

Nada, porém, capaz de abalar as convicções de Micale. "Vamos tentar colocar em prática o que fizemos nos treinamentos, os conceitos, forma de jogar. Minha expectativa é em cima disso, tenho certeza de que os jogadores estão preparados e vão dar a resposta neste jogo", disse nesta sexta-feira o treinador.

Ele confia plenamente que o desempenho de uma equipe com ímpeto ofensivo e três atacantes do nível de Gabriel Barbosa, Gabriel Jesus e Neymar será positivo. Tanto que a única alternativa que treinou durante o período de atividades em Teresópolis é ainda mais agressiva: um time com quatro atacantes - o quarto é o gremista Luan.

"Temos um plano B, caso a gente precise mudar uma situação desfavorável de jogo. Só não temos o C, porque com 10 dias você tem que solidificar conceitos. Mas vamos acreditar naquilo que temos como proposta", disse. Para ele, é possível o time jogar com quatro atacantes e ser equilibrado. "É possível se houver entendimento do momento de mudar a chave. Se todo mundo entender a importância de jogarmos com 11 em todo momento do jogo, não vejo nada que agrida essa forma de jogar."

O equilíbrio do time passa por boa proteção à defesa. O zagueiro Marquinhos defende que o estilo agressivo não prejudica essa proteção. "O conceito que o professor passa é que todos os jogadores têm de defender, ajudar na marcação", diz. "A primeira pressão quando perdemos a bola é importante e a galera da frente vem ajudando bastante."

ESPÍRITO - O treinador, no entanto, não está interessado apenas em mostrar à torcida o que o time pode fazer taticamente. "Mas, mais do que isso, vamos tentar passar a vontade que a seleção tem de jogar futebol e ganhar essa medalha. O espírito de entrega, a coletividade... Queremos mostrar que estamos sensíveis ao clamor por uma seleção que luta, briga e compete a todo momento", destacou o treinador.

Estrela do time e jogador mais experiente do grupo quando se trata da seleção, Neymar concorda que essa deva ser a mentalidade da seleção, até para começar a superar os fracassos recentes. "Temos que começar a mudar tudo que deu errado desde já, isso vai nos levar ao caminho do sucesso, temos que estar focados para trocar esse chip das derrotas e colocar o das vitórias", entende.

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